A recente eleição presidencial nos Estados Unidos, marcada pela vitória de Donald Trump, tem o potencial de gerar mudanças significativas na economia global, com repercussões diretas para o setor da construção civil no Brasil. As políticas de Trump são conhecidas por priorizar o crescimento econômico por meio de incentivos fiscais, investimentos em infraestrutura e desregulamentação, o que pode impulsionar a demanda por commodities brasileiras, como aço e cimento. Isso poderia aumentar o faturamento de empresas de construção que atuam na exportação desses materiais.
Por outro lado, uma postura mais agressiva em termos de políticas comerciais, como a imposição de tarifas ou barreiras à importação, poderia prejudicar o comércio exterior brasileiro. Para a construção civil, isso implica um possível aumento nos custos de insumos importados, já que o dólar mais forte elevaria os preços de materiais e equipamentos. Empresas brasileiras teriam que buscar alternativas para driblar esses desafios, possivelmente intensificando relações com outros mercados, como a Ásia, em busca de estabilidade.
Ademais, a agenda ambiental de Trump, que inclui o descrédito em questões climáticas e a saída de tratados internacionais, pode impactar negativamente projetos sustentáveis e a cooperação ambiental. Contudo, se o governo Lula mantiver políticas que valorizem a construção sustentável, há uma chance de mitigar esses impactos internos, promovendo alternativas energéticas e insumos ecológicos.
A longo prazo, o impacto da vitória de Trump para o setor brasileiro dependerá de como o país se posicionará frente às mudanças globais. Um eventual crescimento da construção civil exigirá resiliência, adaptação e inovação, com empresas buscando eficiência para prosperar em um cenário de incertezas comerciais e monetárias.
Profissional certificado Especialista em Crédito Imobiliário. Possui MBA em Gestão de Processos e mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro e imobiliário, principalmente como Correspondente Bancário.