O que é e como funciona o SGR no sistema COFECI-CRECI

As novas tecnologias assimiladas pelo mercado imobiliário nos últimos anos geraram um mundo de oportunidades e desafios. Hoje, quase tudo acontece a um simples clique de teclado. Entretanto essa facilidade pode também produzir enormes problemas. Golpes financeiros, fraudes contratuais e bypass de honorários são agora mais fáceis e frequentes. Esse tipo de problema reduz a confiança dos clientes no mercado imobiliário e afeta as relações entre profissionais e empresas do setor. A solução, bem articulada, pode vir da própria tecnologia.

Por isso o Sistema Cofeci-Creci criou o SGR – Sistema de Governança e Registro (de contratos e documentos imobiliários). Lastreado em rede blockchain, o SGR garante imutabilidade e segurança aos contratos, que podem ser assinados por biometria facial. Ativos digitais são novidades facilmente absorvidas pelo SGR, que permite que corretores e imobiliárias sejam agentes ativos na criação e distribuição de novos negócios. A tecnologia Contratos Inteligentes autentica quaisquer documentos e os vincula a sofisticadas soluções financeiras.

A veracidade de uma oferta imobiliária pode ser aferida por um simples QR Code do registro do contrato de corretagem, em ambiente gov.br. Qualquer documento pode ser conferido e assinado digitalmente pelo SGR. Ele foi criado para abrir mercados, proteger direitos, e prevenir e mitigar fraudes, inclusive em relação à competição desonesta e predatória. O Sistema pode gerar e armazenar acervos profissional e empresarial, garantindo a certificação validada pelo Cofeci. O SGR oferece segurança aos clientes, com o registro biométrico das visitas.

Para as imobiliárias e corretores, o SGR pode proporcionar a fiscalização totalmente virtual, sem presença física. Para isso só precisa que os contratos de mediação sejam registrados no Sistema. O SGR permite o registro e assinatura eletrônica avançada de qualquer tipo de documento ou contrato imobiliário, que pode ser rastreado por seu titular. Uma vez registrado, o documento é transmitido a uma rede blockchain e se transforma em Contrato Inteligente. Por exemplo, os ativos digitais podem ser registrados e, em seguida, vinculados a um token.

O SGR não é, nem pode ser obrigatório. Ele foi desenvolvido sob a forma de parceria público-privada, mediante processo de chamada pública. Por vários motivos, inclusive financeiros, o Cofeci não tem como desenvolvê-lo sem a participação da iniciativa privada. Também não há como oferecê-lo gratuitamente. Há um custo operacional e de manutenção que precisa ser reposto pelos usuários. Esse talvez seja o maior desafio à sua evolução. Embora os preços sejam quase simbólicos, muitos resistem em pagar por algo disponibilizado pelo Cofeci.

O SGR é oferecido por meio de assinaturas mensais. Ex.: 15 registros por R$39,90; 30 registros por R$59,90; e 75 registros por R$79,90, ao mês. Registros de visitas físicas com biometria são gratuitos. Eventual resistência não tem razão de ser. Muitos já pagam por anúncios eletrônicos e CRMs muito mais do que custa o SGR, por muito menos abrangentes soluções. Em pouco tempo, o SGR será tão necessário aos operadores do mercado imobiliário como o são hoje o e-mail e o Zap ao cidadão comum. Quem sair na frente, jamais será alcançado!

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