CEO do Grupo Estrutura, Marconi Bartholi
Os imóveis no litoral brasileiro estão no radar dos investidores estrangeiros. Argentinos, portugueses, alemães e norte-americanos são os principais clientes hoje do mercado imobiliário nacional. Em 2024, pelo menos 5 mil unidades foram vendidas a clientes de outros países.
Mas esse mercado deve ganhar maior escala com a tecnologia de tokenização dos imóveis. A projeção foi feita pelo CEO do Grupo Estrutura, Marconi Bartholi, durante o Blockchain Real Estate Summit 2025, realizado nesta sexta-feira (6), em São Paulo.
Segundo ele, a burocracia ainda é um entrave que impede maior liquidez para esse público de investidor no Brasil, seja ele atraído pelas belezas naturais ou pelo desejo por um investimento favorecido pelo câmbio. “A tokenização reduz a burocracia. Vai ser como um fazer um pix na compra do imóvel: sem CPF estrangeiro ou análise jurídica, com custo reduzido e eliminando o presencial”, explica.
Marconi defende também um movimento nacional neste sentido, com o apoio de órgãos governamentais ou da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). “Atraindo esse público, nós vamos movimentar a economia, gerando emprego e renda local”, estima.
A tokenização de imóveis, prática que começa a ganhar tração no Brasil, permite fracionar os imóveis em ativos digitais, ampliando as possibilidades de investimento e compra, inclusive por pessoas com diferentes faixas de renda. Tudo isso graças à tecnologia do blockchain, que registra todo o histórico das transações, garantindo a segurança e transparência das operações. “Essa inovação vai democratizar o acesso ao mercado imobiliário, do pequeno ao grande investidor, além de tornar o setor mais dinâmico, com maior liquidez”, conclui o CEO.
Marconi Bartholi é CEO do Grupo Estrutura, incorporadora com sede em Joinville (SC), com 45 anos de atuação no mercado imobiliário e que se consolidou no setor com imóveis de alto padrão em Santa Catarina, com mais de 1 milhão de metros quadrados construídos.