O jogo invisível da separação: quando emoções constroem patrimônio e geram armadilhas

Em um mundo onde os holofotes iluminam o sucesso, poucos enxergam a sombra que os acompanha. A separação de Virgínia Fonseca e Zé Felipe — um dos casais mais midiáticos do Brasil — vai muito além de uma crise conjugal. É uma oportunidade rara para observar, sob a ótica da Patrimoniologia Geracional, como escolhas feitas por impulso emocional, sem visão estratégica, podem comprometer não só um relacionamento, mas o legado de toda uma geração.

Estamos falando de um casal jovem, que em cinco anos construiu um patrimônio estimado em R$ 400 milhões. Uma mansão de R$ 5 milhões em Goiânia. Uma casa em Mangaratiba comprada por R$ 27 milhões. Um jatinho de R$ 17 milhões dado de presente. Empresas de cosméticos, holdings, canais digitais e outros ativos que agora se tornam peças delicadas em um tabuleiro de partilha.

Mas este artigo não é sobre celebridades. É sobre você. Sobre mim. Sobre nós — que lidamos com o mercado imobiliário todos os dias e, mesmo assim, muitas vezes ignoramos o que está por trás das decisões patrimoniais que as pessoas tomam.

 

Presente ou prova emocional? O caso do jatinho

Quando Virgínia presenteou Zé Felipe com um jatinho de R$ 17 milhões, o Brasil inteiro assistiu com entusiasmo. “Olha o amor!”, “Isso que é relacionamento!”, disseram. Mas como estrategista imobiliário, uma pergunta inevitável me vem: esse presente era realmente para ele… ou para ela mesma?

Veja, o jatinho foi registrado numa holding de Virgínia. A depender de como isso foi feito juridicamente, pode não ser de Zé Felipe. Se foi dado como presente público, inclusive anunciado por ela com pompa, como justificar agora que permanece sob a administração dela?

Há dois pontos cruciais aqui:

1) Se era um presente de verdade, por que não foi registrado como tal em nome do presenteado?

2) Se era para ser usado por ambos, por que a narrativa pública (e íntima, talvez) foi de um “presente dele”.

A resposta pode estar além do contrato e dos registros. Pode estar na alma. Muitas vezes, damos algo a alguém não porque o outro precisa, mas porque, no fundo, precisamos nos afirmar. Talvez, naquele momento, Virgínia não queria apenas dar um jatinho — ela queria provar algo a si mesma. Talvez fosse a menina interior dizendo: “Eu consegui. Eu venci.” Talvez fosse o eco de um sonho do pai. Um desejo inconsciente de voar. De superar o que faltou na infância.

É nesse ponto que o mercado imobiliário se torna terreno fértil para emoções não resolvidas. Casas, jatinhos, empresas, fazendas… todos podem ser, na verdade, símbolos emocionais.

 

O que poucos enxergam no mercado de patrimônio

Na minha jornada como estrategista imobiliário, vi inúmeros casos de decisões erradas motivadas por histórias não curadas.

  • Um empresário bilionário, com dezenas de imóveis, que nunca reformou sua casa principal porque “não precisava gastar”. Vivendo na mesquinharia, não por economia, mas porque um trauma de infância o ensinou que gastar pode levar à ruína.
  • Um executivo brilhante, com reservas milionárias, que se recusa a investir em imóveis rentáveis, por medo de perder tudo — porque, quando criança, viu os pais perderem o único terreno que tinham.
  • Uma mulher independente, financeiramente segura, que vive comprando e vendendo imóveis sem lógica aparente. No fundo, repete o comportamento da mãe, que trocava de casa a cada separação, sempre fugindo de um passado que nunca entendeu.

As decisões patrimoniais não são racionais. Elas são psíquicas. São traumas materializados. São sonhos projetados em pedras, concreto e documentos. E quando não entendemos isso, somos engolidos pelo próprio patrimônio que criamos.

 

Casamentos emocionais, partilhas destrutivas

Voltando ao caso de Zé Felipe e Virgínia, há uma lição clara: o que se constrói no calor da emoção, sem estratégia, pode se tornar um campo minado no momento da separação.

Pensemos: uma casa de R$ 27 milhões foi comprada por eles no auge da bonança, pouco depois de nascerem os filhos. Será que essa casa era uma necessidade familiar… ou uma necessidade emocional de provar sucesso ao mundo? E o que fazer agora com esse ativo, cujo custo de manutenção é altíssimo? Alguém vai ficar com ele? Vender? Quem cuidará dos custos até a venda?

E os filhos? O que eles vão aprender com essa separação? Que o amor dura até a próxima divergência? Que patrimônio é coisa que se divide, não que se protege? Que a emoção tem mais força que a razão?

Se as decisões patrimoniais do casal foram baseadas em impulsos emocionais, a partilha agora será um reflexo disso — com dores, confusões, disputas e talvez até injustiças.

 

O papel do Estrategista Imobiliário

É aqui que entra o jogo que poucos sabem jogar. A Patrimoniologia Geracional, conceito que criei, estuda justamente como traumas, comportamentos, repetições e desejos ocultos moldam o patrimônio que alguém constrói — ou destrói.

Quem quer jogar o jogo de alto nível do mercado imobiliário precisa ir além da engenharia, da arquitetura e da análise de mercado. Precisa enxergar o invisível. Ouvir o que o cliente não diz. Perceber o que ele tenta esconder — dele mesmo.

  • A mulher que quer comprar um apartamento de luxo, mas não consegue explicar o motivo.
  • O homem que insiste em construir uma casa para os filhos, mesmo que eles já morem fora.
  • O investidor que compra terrenos sem projeto, por puro medo de deixar o dinheiro no banco.

São todos movimentos que escondem algo maior. Quando você entende isso, você para de vender imóveis — e começa a proteger legados. A organizar destinos. A guiar pessoas em suas decisões mais íntimas.

 

Conclusão: você está investindo ou se compensando?

O caso de Zé Felipe e Virgínia é uma vitrine pública de um problema que é privado e comum: decisões patrimoniais feitas na tentativa de tapar buracos emocionais. Mas buracos não se tapam com imóveis. Se preenchem com propósito, consciência e estratégia.

Por isso, deixo algumas perguntas para você refletir — seja você um investidor, um corretor, um arquiteto, um herdeiro ou apenas alguém que deseja fazer boas escolhas:

  • Suas decisões patrimoniais estão curadas ou estão feridas?
  • Você está construindo um legado… ou só reagindo às dores do passado?
  • Seus bens refletem sua visão de futuro… ou suas inseguranças atuais?
  • Seus filhos vão herdar patrimônio… ou traumas?

 

Quem joga o jogo invisível sabe: o verdadeiro valor de um imóvel não está nos metros quadrados, mas nas emoções que o construíram. E é ali, nesse ponto cego, que se vence — ou se perde — o jogo da vida.

 

CONHEÇA MAIS SOBRE CLEBERSON MARQUES:

Estrategista Imobiliário, referência nacional na criação de estratégias que transformam investimentos em legados e empreendimentos em histórias de sucesso. Com mais de 20 anos no setor, alia inteligência de mercado, visão de futuro e profundo entendimento humano para orientar empresários e investidores na construção de patrimônios sólidos e relevantes. Sua atuação vai além dos números: molda cidades, inspira gerações e revela o que ninguém mais vê no mercado imobiliário. Hoje é sócio e proprietário das empresas ATMO DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO e MARCs investimentos e participações.

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