População brasileira: o que mudou nos últimos anos e como isso reflete no mercado imobiliário?

No último sábado (30/11), recebi em meu Instagram um questionamento sobre quais seriam as novas tendências do mercado imobiliário para 2025, e isso me fez refletir muito. Poderia ter respondido as coisas claras e óbvias, mas o que sempre faço comigo mesmo – e busco fazer com você nesses artigos – é te levar a um pensamento fora da caixa, de segundo nível.

Para vendermos um imóvel a alguém, qual a primeira coisa que precisamos entender? A dor do consumidor. Aliás, isso serve para qualquer item de consumo ou serviço. Pense nas grandes invenções da humanidade, como a lâmpada, o automóvel, o micro-ondas ou a internet, todos vieram para sanar e endereçar uma dor, resolver um problema, concorda? E, muitas vezes, o mercado imobiliário tende a entrar no “piloto automático” e sair oferecendo produtos aos consumidores sem fazer essa importante reflexão:

QUAL DOR EU ESTOU RESOLVENDO?

Essa é a pergunta chave para o sucesso comercial!

Corroborando ainda com esse pensamento, me lembro agora de um corte de um dos episódios de Podcast do Joel Jotta, em que ele entrevista o fundador do Uber, que inegavelmente é um dos produtos mais disruptivos e inovadores do século. A pergunta principal da entrevista, como é de praxe com qualquer empresário de sucesso, foi: Qual o segredo do sucesso no empreendedorismo? A resposta foi objetiva e clara: “Pegue uma dor e resolva”. PONTO. Sem rodeios, sem frases e palavras complementares. Em outro episódio, Joel conversou com Cristina Junqueira, fundadora do Nu Bank, que, atualmente, é o banco com maior valor de mercado do Brasil, sem ter sequer uma agencia bancária! A pergunta foi a de praxe, e a resposta, quase um copia e cola: “Peguei a dor do cliente e resolvi”.

Isso me fez pensar muito sobre a forma que nós, no mercado imobiliário, temos estruturado produtos.

Tenho clareza mental que um produto para ser vitorioso precisa atender uma camada da população, sanar as suas dores ou os seus desejos. Mas até que ponto você, corretor de imóveis, faz essa análise no momento do atendimento? Até que ponto, você, engenheiro ou arquiteto, pensa nisso no momento de projetar um empreendimento? Me arrisco a dizer que 8 a cada 10 profissionais do mercado atendem e/ou trabalham no piloto automático, o que faz com que seus resultados sejam medíocres.

Penso no meu trabalho cotidiano de estruturação imobiliária: cada família tem uma dor. Uns querem multiplicar seu capital e maximizar seus resultados, enquanto outros receberam a área como herança e dependem daqueles rendimentos para sobreviver. Fazer o mesmo discurso e pitch de vendas para todos é completamente contraproducente, porque simplesmente, o que vai “virar a chavinha” em um ouvinte e não é o mesmo que o fará em outro. Percebe a diferença?

Hoje, a cada produto que olhamos, estruturamos, que vamos lançar ou investir, a pergunta que faço ao time que lidero é a mesma: QUAL A DOR DO MERCADO ESTAMOS RESOLVENDO?

Seja obcecado com isso e os resultados viram naturalmente

Espero ter lhe aberto uma janela mental para pensamento de segundo nível e reflexão.

Um abraço sincero,

 

CONHEÇA MAIS SOBRE O AUTOR DESTE POST:

Guilherme Roméro

14 anos no mercado imobiliário

+ 150 empreendimentos estruturados

+ 5 Bilhões de VGV Geridos

⁠Administrador de Empresas com Pos Graduação em Negócios e Marketing e Mestrado em Andamento em Administração de Empresas

⁠Criador do Clube do Equity Imobiliário

⁠Escritor de 2 livros

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