Na mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa Selic foi elevada para 12,25% ao ano. Essa decisão reflete o compromisso do Banco Central em controlar a inflação, que continua acima das metas projetadas, mesmo com sinais de desaceleração em alguns setores da economia. A elevação também é uma resposta às incertezas no cenário global, como oscilações nos preços de commodities e o impacto de políticas econômicas em grandes economias.
Historicamente, alterações na Selic afetam diretamente o setor imobiliário, especialmente por meio do custo do crédito. Juros mais altos encarecem o financiamento, tornando o acesso à casa própria mais desafiador para algumas famílias. Apesar disso, é importante destacar que o mercado imobiliário tem mostrado resiliência em períodos de juros elevados, adaptando-se com novas estratégias e produtos para atender às demandas de compradores.
Os investidores também podem enxergar oportunidades em imóveis como alternativa segura diante de uma maior rentabilidade em renda fixa, o que pode impactar positivamente o segmento de aluguel e propriedades comerciais. Além disso, programas habitacionais como o Minha Casa Minha Vida (MCMV) continuam desempenhando papel fundamental, oferecendo opções acessíveis para famílias de baixa renda, com condições de financiamento menos expostas à volatilidade da Selic.
Embora o aumento da taxa Selic traga desafios, o mercado imobiliário permanece um pilar importante da economia brasileira. Com ajustes estratégicos e foco em soluções inovadoras, é possível mitigar os efeitos dessa elevação de juros, mantendo a confiança de consumidores e investidores. Afinal, como já foi demonstrado em outros momentos, o setor imobiliário sempre encontra formas de se reinventar.
Profissional certificado Especialista em Crédito Imobiliário. Possui MBA em Gestão de Processos e mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro e imobiliário, principalmente como Correspondente Bancário.