SELIC a 15%: e agora, o que muda nos lançamentos de loteamentos e prédios?

O Banco Central decidiu: a taxa Selic agora está em 15% ao ano. Para muitos, essa notícia acende o sinal vermelho. Mas será que o impacto é o mesmo para o mercado de lançamentos imobiliários?

Neste artigo, vamos explorar o verdadeiro impacto da Selic elevada no setor de loteamentos e incorporação residencial, e por que quem entende de estratégia não apenas sobrevive — mas cresce em cenários assim.

A primeira reação: medo do crédito caro

Com a Selic alta, o crédito bancário fica mais restrito. Financiamentos habitacionais encarecem, e muitos corretores e incorporadores acreditam que o mercado vai parar.

Mas isso é meia verdade.

Na prática, boa parte dos loteamentos e muitos lançamentos de prédios não dependem exclusivamente do crédito bancário. O que sustenta esse mercado é o modelo de financiamento direto com o incorporador ou loteador — o chamado crédito próprio.

Isso muda tudo.

Financiamento direto: a blindagem invisível

Loteadores e incorporadores que estruturam bem suas condições de pagamento — com entrada acessível e parcelas ajustadas à renda do público — seguem vendendo normalmente, mesmo com Selic nas alturas.

O segredo está em:

Conhecer bem o público-alvo;
Ter posicionamento forte;
Criar campanhas de venda com foco em segurança, patrimônio e valorização.

Quem comunica isso com clareza gera segurança. E em tempos de instabilidade, segurança é o que vende.

Mas e o investidor? Ele foge com a Selic alta?

Essa é outra crença comum, mas que não se confirma na prática.

O investidor imobiliário brasileiro é patrimonialista. Ele compra terra, apartamento na planta e imóvel de renda para proteger o patrimônio e garantir uma renda passiva com mais estabilidade do que o mercado financeiro oferece.

Ou seja: ele não some quando a Selic sobe. Ele só fica mais criterioso.

E esse é o momento de ter materiais bem produzidos, equipe bem treinada e diferenciais competitivos na ponta da língua.