Como funciona o seguro no financiamento imobiliário e por que ele impacta sua parcela

Ao contratar um financiamento imobiliário, muita gente foca apenas na taxa de juros — e esquece de olhar outros itens que também impactam diretamente no valor da parcela. Um dos principais é o seguro habitacional, um item obrigatório por lei em todos os financiamentos com garantia do imóvel (alienação fiduciária).

Mas afinal, o que esse seguro cobre? Quanto ele custa? E por que muda tanto de um banco para outro? Vamos esclarecer tudo neste artigo.

 

🛡 Por que o seguro é obrigatório?

O financiamento imobiliário é um contrato de longo prazo. Para proteger tanto o banco quanto o cliente, o seguro é exigido para cobrir situações que comprometam a continuidade do pagamento ou a integridade do imóvel.

 

🔍 Quais são os tipos de seguros embutidos no financiamento?

Existem dois seguros principais que acompanham a maior parte dos contratos:

1) MIP – Morte e Invalidez Permanente

Esse seguro quita total ou parcialmente a dívida do financiamento no caso de falecimento ou invalidez permanente do titular.

🧾 Exemplo prático: Se um dos proponentes falece durante o financiamento, o MIP cobre a parte dele na dívida, e o imóvel fica quitado proporcionalmente, sem passar a dívida para os herdeiros.

2) DFI – Danos Físicos ao Imóvel

Esse seguro cobre danos estruturais causados ao imóvel por eventos como incêndio, enchentes, desmoronamento, raios, explosões, entre outros.

🧾 Exemplo prático: Se ocorrer um incêndio no imóvel, o DFI cobre os custos de reparo, evitando que o cliente fique com uma dívida de um bem destruído.

 

💸 Quanto custa esse seguro?

O valor dos seguros é recalculado mês a mês, com base em:

  • Idade dos proponentes;
  • Valor do imóvel;
  • Saldo devedor;
  • Instituição financeira escolhida.

 

🧠 Quanto mais velho o proponente, maior o custo do MIP.
🧱 Quanto maior o imóvel, maior o custo do DFI.

É por isso que, mesmo com a mesma taxa de juros, um financiamento pode ter parcelas mais altas em um banco do que em outro — por causa da diferença de valores nos seguros obrigatórios.

 

📊 Seguro e o CET (Custo Efetivo Total)

O seguro compõe o CET, ou seja, o custo real do financiamento. Por isso, não basta comparar só a taxa de juros nominal entre bancos — é necessário analisar o CET, que inclui:

  • Juros;
  • Taxas administrativas;
  • Seguros (MIP + DFI);
  • Outros encargos.

 

💡 Dicas para reduzir o custo com seguro no financiamento:

1) Compare o CET entre os bancos, não apenas a taxa de juros.

2) Se for casado ou financiar com mais de uma pessoa, avalie quem tem a menor idade ou melhor condição de saúde para ser o proponente principal.

3) Mantenha seus dados atualizados, pois erros de idade ou composição familiar podem aumentar o seguro.

4) Faça simulações com correspondentes bancários, que conseguem visualizar rapidamente as melhores opções para seu perfil.

 

🏁 Conclusão

O seguro habitacional é um item essencial e obrigatório em todo financiamento imobiliário. Além de proteger a família e o patrimônio, ele pode impactar significativamente no valor das parcelas. Entender como ele funciona e como é calculado permite que você faça escolhas mais inteligentes e seguras na hora de contratar o crédito.

Financiar um imóvel é mais do que conseguir aprovação — é garantir que você possa manter esse compromisso com tranquilidade por muitos anos.

 

CONHEÇA MAIS SOBRE O AUTOR DESTE POST:

Diego Miranda

Empresario e Corretor de imóveis a 25 anos, correspondente bancário a 19 anos

Especialista em Bancos Privados

Profissional certificado

Especialista em análise de crédito

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