A importância da experiência no comando corporativo

Diz a lenda que certo leiloeiro, ao ofertar um velho e empoeirado violino, segurou-o com as duas mãos e o examinou atentamente. O aparelho lhe parecia desgastado demais para ser leiloado, mas leiloar era o seu ofício. Então, Levantando a peça com uma das mãos, insistiu no leilão: Quanto me oferecem? Quem arrisca o primeiro lance? Um dólar, dois dólares, três dólares? Dou-lhe uma, duas, três! Porém, antes de bater o martelo, do fundo do salão, um senhor grisalho foi à frente e suavemente lhe tirou das mãos o desacreditado instrumento.

Sem pestanejar, o velho homem tirou a poeira do violino, afinou suas cordas frouxas e, mostrando toda a sua experiência, tirou dele a mais fascinante e encantadora melodia, deixando boquiaberta toda a plateia. Então, entusiasmado, o leiloeiro retomou seu ofício. E agora, quanto me oferecem pelo velho violino? Mil dólares, dois, três mil? Alguém dá quatro? Dou-lhe uma, duas, três! Vendido! Todos aplaudiram, mas ninguém entendeu. Como isso aconteceu? Por quê? A resposta é: o instrumento valorizou-se com o toque de um mestre!

A parábola acima ilustra o que ocorre em qualquer ambiente corporativo. O sucesso das operações, em ambiente volátil, depende da experiência que seus líderes acumulam. Depois de vários anos de prática lideracional, eles desenvolvem a sensibilidade estratégica indispensável para lidar com crises, gerir pessoas e antecipar tendências. A maturidade lhes permite enxergar além dos números e, assim, perceber o valor do capital humano e a relevância da cultura organizacional como pilares abstratos da sustentabilidade e do crescimento.

A experiência traz consigo um tipo de sabedoria não ensinada nas escolas. Ela nasce do enfrentamento de desafios, de erros transformados em aprendizado e de decisões tomadas sob pressão. Em geral, o líder experiente já percorreu diferentes ciclos econômicos e compreende melhor os sinais do mercado. Por isso sabe reagir com equilíbrio diante das dificuldades. Seu conhecimento evita o improviso e amplia a capacidade de antecipar riscos, gerando confiança entre colaboradores e investidores. A experiência é a base do sucesso corporativo!

Nas corporações, a experiência no comando é também fator de coesão interna. Um administrador veterano conhece seus colaboradores. Isso lhe possibilita a identificação e valorização dos verdadeiros talentos. A autoridade conquistada pela trajetória inspira respeito, sem necessidade de imposição. Porém o líder não deve ceder ao imobilismo. Novidades, em especial as tecnológicas, têm de ser compatibilizadas com o saber acumulado. Portanto a disposição para aprender e inovar é o fator que diferencia a experiencia viva da ultrapassada.

Em conclusão, a experiência no comando é o alicerce invisível que garante o sucesso da organização. Ela promove o equilíbrio entre ousadia e prudência, inovação e tradição, resultado e humanismo. Traquejo é mais do que um simples atributo adquirido com o tempo; é uma força viva, que se renova a cada decisão adotada com propósito e consciência. Assim como um velho violino se revaloriza nas mãos de um grande mestre, em ambientes corporativos, uma liderança experiente age para que o futuro seja construído sobre sólidas bases.

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