Durante seminário promovido pelo banco BTG Pactual, neste 25 de maio, terça, o ministro da economia, Paulo Guedes, declarou que o Brasil crescerá entre 4,5% e 5% em 2021, apesar das dificuldades provocadas pela pandemia. Segundo ele, voltaremos a ter superávit nas contas públicas em 2024, talvez ainda em 2023. O governo brasileiro prepara eficientes medidas para superar o problema do desemprego e conta com a disposição do Congresso Nacional (Câmara e Senado) para aprovar as reformas estruturantes (administrativa e tributária) de que o país necessita.
Não obstante, recentemente, a Secretaria de Política Econômica do próprio Ministério publicou previsão de crescimento de 3,5% do PIB em 2021. No primeiro quadrimestre deste ano, a arrecadação tributária registrou o maior crescimento do período, desde 1995, 14% maior do que em 2020. Dentre as medidas mais imediatas, Guedes ressalta o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP), programa de apoio aos trabalhadores informais (sem acesso à proteção social pública), que tem potencial para criar cerca de dois milhões de empregos em poucos meses.
As notícias são alvissareiras para o mercado imobiliário brasileiro que, graças a Deus, tem passado ao largo da crise causada pela Covid-19. Nossas organizações de classe estimam que, em 2021, haverá crescimento de 5% a 10% em relação ao ano passado. O ano de 2019 registrou forte recuperação frente ao desastre econômico sofrido durante o governo de Dilma Roussef. O mesmo ou até maior crescimento era esperado também para 2020. No entanto, a inesperada declaração da pandemia pela OMS, em 11 de março, derrubou a zero nosso mercado.
Todavia, menos de dois meses depois, uma combinação de vários fatores econômicos promoveu a recuperação do mercado imobiliário brasileiro em “V”, como afirmam os economistas: descida e subida celeradas. A taxa oficial de juros (SELIC) no menor patamar desde que foi criada, há cerca de 14 anos, desestimula todo e qualquer tipo de investimento financeiro, a segurança jurídica oferecida pela lei de locações, o elevado déficit habitacional, que favorece o mercado de alugueres, e a confiança nos ativos imobiliários foram fatores determinantes para a retomada.
Segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), em 2020, apesar da pandemia, foram vendidas quase 190 mil unidades residenciais novas; 10% a mais que no exuberante ano de 2019. Sem considerar o mercado de imóveis usados. Em fevereiro de 2021, o retorno do crescimento da taxa SELIC, de 2% para 2,75% não esfriou o mercado. A taxa média de juros do crédito imobiliário continua a mais baixa da história: 6,9%. Em 2017, era 11,4%. Em contratos de longo prazo (35 anos), o valor médio da prestação mensal sofreu redução de até 30%.
A Caixa Econômica anuncia para breve a liberação de nova modalidade de crédito, com financiamento de 100% do valor de avaliação do imóvel. A transformação digital ganhou força no setor. O trabalho remoto mostrou que consegue manter o fluxo de vendas, utilizando-se de plataformas que organizam e otimizam as rotinas de trabalho. Os consumidores mostram-se mais acessíveis às novidades tecnológicas, inclusive às visitas virtuais. As previsões do ministro Paulo Guedes estão corretas. O ano de 2021 será ótimo, para a economia e para o mercado imobiliário!