Como a Loft utiliza dados para trazer mais precisão ao mercado imobiliário

Os dados têm se tornado uma ferramenta poderosa para combater problemas do mercado imobiliário, como a baixa liquidez, dificuldade na precificação e as longas transações. É por esse motivo que a análise de dados é um dos principais investimentos da Loft, startup brasileira de compra, reforma e venda de imóveis que se tornou o mais recente unicórnio.

Atualmente, a startup possui cerca de 1,5 milhão de visitantes únicos em seu site, em busca de imóveis. A companhia passou a utilizar os acessos para trazer mais inteligência aos seus negócios. “Conseguimos entender como está a demanda por um determinado perfil de imóvel, em um determinado bairro, apenas olhando a nossa plataforma”, conta João Vianna, cofundador da Loft, em uma de suas entrevistas.

Além dos acessos no site e aplicativo, a construtech também conta com base de dados do poder público, imobiliárias, incorporadoras, entre outras. A Loft passou a disponibilizá-los em duas diferentes plataformas: um aplicativo para vendedores e outro para os compradores. As plataformas são gratuitas. “Percebemos que os corretores, compradores e vendedores não conseguiam acesso a uma base confiável para a decisão na precificação dos imóveis”, explicou Vianna.

A Loft defende que a transparência no mercado pode trazer um aumento de compras e vendas, impactando positivamente na liquidez no setor. Atualmente, a startup possui a precisão de identificar a diferença de preços de apartamentos do mesmo prédio de acordo com o andar — algo que antes era predominantemente analisado pelo achismo.

A importância crescente da análise de dados os tornou um “produto interno” dentro da companhia. A Loft não os vende para terceiros, mas os utiliza como um combustível. A construtech opera no modelo “iBuyer”, em que identifica o potencial de imóveis à venda, compra, os reforma e revende.

 

O que é iBuyer?

O iBuyer é uma tendência que está trazendo mais liquidez ao setor imobiliário. Neste modelo de negócios, as startups compram imóveis, reformam e os colocam de volta no mercado. Elas utilizam tecnologias como análise de dados e inteligência artificial para identificar as melhores ofertas. De um lado, as empresas ganham com a valorização do imóvel e possuem departamentos preparados para lidar com os documentos, reformas e outras burocracias.

Desde que foi criada, em 2018, a Loft levantou US$ 100 milhões em capital de investidores como Andreessen Horowitz, Monashees, Fifth Wall, Thrive Capital, Valor, entre outros. Além de João Vianna, a companhia foi cofundada por Florian Hagenbuch e Mate Pencz, empreendedores que fundaram a Printi e sócios do fundo Canary.

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