No império russo, algumas instituições políticas chamavam-se Soviete, palavra que, traduzida para outras línguas, inclusive o português, significa conselho. Assim, o Supremo Conselho Privado, o Conselho Imperial e o Conselho da Corte Suprema, que existiram entre os anos 1726 e 1801, eram conselhos consultivos liderados pelos tsares (imperadores russos). Outros organismos, como o Conselho Militar do Império Russo (1812 a 1918) e o Conselho Estatal do Império Russo (1810 a 1917), eram sovietes, Conselhos auxiliares do Imperador.
Durante a revolução de 1917, que derrubou o Império Russo, os sovietes ganharam força e passaram a ser o ideal de organização política. Assim, o povo russo passou a ser chamado de soviético, representado basicamente por seus conselhos. Vladimir Lênin, o novo líder político da Rússia, propôs o lema “todo poder aos sovietes”. A frase de efeito, no entanto, representava apenas retórica. O poder absoluto instalou-se na nova Rússia comunista, e sua manutenção custou a vida de um terço da população de 7 milhões de pessoas no país.
A corrente política imposta por Lênin ao POSDR – Partido Operário Socialdemocrata da Rússia era composta pelos bolcheviques (maioria). A Revolução de 1917 consolidou o poder dos bolcheviques e resultou na formação da URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 1922. Foi a primeira nação socialista do mundo. Eram 15 países, liderados pela Rússia. Mas a União Soviética começou a agonizar em 1970, até sua extinção, em 1991. A crise econômica e a consequente crise política a levaram à dissolução, com a renúncia do líder Mikhail Gorbachev.
A segunda fase da União Soviética começou com a morte de Lênin e sua substituição pelo ditador Josef Stalin, em 1924. A paranoia absolutista de Stalin o levou a assassinar milhões de compatriotas, inclusive o líder bolchevique Trótski. Os relatos apontam números controversos de mortos – até 61 milhões -, mas há consenso em torno de 20 milhões. A segunda guerra mundial (1939 a 1945) dividiu o mundo em dois lados: o comunista, composto pela União Soviética, dissolvida em 1991, e o democrático, pelos Estados Unidos e os países aliados.
Com a derrocada da União Soviética, o comunismo colapsou em todo o mundo. Os raros países que ainda o sustentam, o fazem com base no autoritarismo híbrido: repressão política e economia de mercado. Na América Latina, porém, uma nova onda socialista começa a se instalar. Além de Equador e Venezuela, a esquerda prosperou em países como Argentina, México, Bolívia, Peru, Chile e Colômbia. E não é por acaso! Baseada nas teorias de Gramsci, a esquerda pretende criar na América Latina uma nova União Soviética, sob a sigla URSAL.
URSAL significa União das Repúblicas Socialistas da América Latina. A organização seria liderada pelo Brasil, como a Rússia liderou a extinta União Soviética. Por isso, para a esquerda, é fundamental reconquistar a Presidência do Brasil nesta eleição. Todavia engana-se quem pensa que o candidato da esquerda será o líder da URSAL. O verdadeiro destinatário do cargo é alguém mais jovem, mais inteligente e muito mais intrépido, que já se destaca como ditador. Nunca estivemos tão ameaçados! Não podemos permitir. Nosso voto é nossa arma!