Enquanto a locação corporativa é uma incógnita para o mercado imobiliário após esta crise, a locação industrial e logística vem crescendo em ritmo acelerado. Como já falei anteriormente, isso se deve, principalmente, ao aumento do e-commerce.
De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCCOM), aumentaram 30% as vendas pela internet em abril/2020, e foi constatado que milhares de consumidores realizaram a sua primeira compra online. Estima-se que o e-commerce ganhou ao menos 4 milhões de novos clientes, que provavelmente irão manter essa modalidade de consumo após este período.
Hoje, na Região do ABCD, Grande São Paulo, não temos produtos para atender à demanda de grandes metragens em condomínios logísticos. Os condomínios logísticos da região estão, em sua maioria, 100% locados. O que é muito interessante às empresas desse nicho, que buscam grandes áreas na região para este tipo de produto. Os terrenos mais próximos à capital e ao rodoanel tendem a sofrer uma elevação nos valores praticados por metro quadrado.
Segundo dados da Buildings, hoje no Brasil, temos 581 condomínios logísticos. Que somam 23 milhões de m². Contamos ainda com mais 2 milhões de m² em construção e em torno de 18 milhões de m² em projetos já aprovados.
Somente no estado de São Paulo são mais de 13 milhões de m² de galpões logísticos/industriais.
Com a queda das taxas de juros, os investimentos em ativos imobiliários fomentaram a demanda por galpões logísticos por parte dos fundos imobiliários. Esses fundos têm buscado galpões locados, ou realizado a aquisição de condomínios logísticos inteiros, rendendo melhores taxas de capitalização.
Um ponto certo: as demandas relacionadas à logística continuam crescendo, dando sinais que o setor sairá fortalecido dessa crise.