Por Flávia Pinheiros — Mediadora, Administradora de Imóveis e Especialista em Gestão Contratual com IA para o Mercado Imobiliário.
Passei esta semana revisando os principais relatórios sobre o mercado imobiliário brasileiro, e uma coisa me chamou muito a atenção: a resiliência do setor em 2025 está surpreendendo até os analistas mais experientes.
Entre conversas com clientes e colegas administradores, o sentimento é consistente: “como o mercado segue aquecido com a Selic neste patamar?”. A resposta está nos fundamentos que se consolidaram ao longo do ano.
O mercado imobiliário fechou 2024 com crescimento de 20,9% nas vendas e 18,6% nos lançamentos, segundo a CBIC. O programa Minha Casa, Minha Vida foi responsável por 380 mil imóveis vendidos – quase metade do total brasileiro.
O primeiro trimestre de 2025 manteve o ritmo, com alta de 15,7% nas vendas de imóveis residenciais e 102.485 unidades comercializadas em 221 cidades.
O grande motor continua sendo o MCMV: 53% dos lançamentos e 47% das vendas no período, provando que a política pública bem calibrada sustenta o mercado mesmo com juros altos.
A resposta está na segmentação inteligente que o setor desenvolveu:
Habitação Popular: Blindada contra oscilações de juros, mantém recursos garantidos de R$ 130 bilhões do FGTS.
Alto Padrão: Compradores frequentemente dispensam financiamento, mantendo demanda estável.
Classe Média: Sofre mais pressão, mas encontra alternativas em imóveis menores e regiões emergentes.
Demografia a favor: A população brasileira na faixa dos 40 anos – momento clássico de compra do imóvel – está em alta.
Desemprego baixo: Com taxa de 6,2% em 2024 (menor desde 2012), o poder de compra se mantém.
Tecnologia integrada: Realidade virtual, automação residencial e IA se tornaram diferenciais esperados, não opcionais.
Sustentabilidade valorizada: Clientes cada vez mais exigem eficiência energética e certificações ambientais.
Com base no que tenho observado, agosto deve consolidar a trajetória positiva:
Estoque equilibrado: Sem excessos que forcem liquidação, mas com oferta suficiente para demanda.
Sazonalidade favorável: Agosto tradicionalmente aquece o mercado pós-férias.
Pipeline das incorporadoras: Confiantes com os resultados de absorção, preparam novos lançamentos.
Data Centers: A digitalização acelerad cria demanda crescente no segmento comercial.
Mercado de aluguéis: Com financiamento mais caro, a locação ganha atratividade.
Cidades médias: Interior e regiões metropolitanas atraem por custo-benefício.
Agronegócio: Regiões ligadas ao agro mantêm crescimento consistente.
O mercado imobiliário de 2025 quebrou o paradigma de que juros altos paralisam o setor. A segmentação inteligente, combinada com políticas públicas assertivas e inovação tecnológica, criou um ambiente resiliente.
Para agosto, vejo continuidade do crescimento, apoiada em fundamentos sólidos: emprego em alta, demanda estrutural forte e estoque controlado.
Minha recomendação: Este é momento de oportunidades para diferentes perfis – desde o primeiro comprador beneficiado pelo MCMV até o investidor experiente que identifica nichos de crescimento.
Como sempre digo aos meus clientes: “O mercado imobiliário premia quem age com estratégia baseada em dados reais, não em especulações.” E os dados de 2025 apontam para um setor maduro e cheio de possibilidades.
Quem vê resultados, nem sempre conhece a história.
Sou Flávia Pinheiros Costa, formada em Direito há 23 anos. Pós-graduada em Direito Imobiliário, Sistêmico, Contratual, Canônico e de Família. Atualmente, curso Inteligência Artificial para Advogados e sou mestranda em Mediação de Conflitos.
Mas o que realmente me move são pessoas.
Escutar histórias.
Ajudar a construir acordos.
Trazer clareza onde antes havia conflito.
E fazer do Direito uma ponte — não um muro.
Minha trajetória é marcada pela escuta ativa, pela conexão humana e pela busca constante por soluções que respeitem a lei e as relações.
Atuo como:
E, acima de tudo, sou alguém que acredita que ética, escuta e evolução diária são inegociáveis.
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