A gestão condominial moderna está deixando de ser apenas a administração de custos e manutenção para se tornar um hub de convivência e valorização patrimonial. Nesse contexto, a inclusão da Pessoa no Espectro Autista (TEA) não é apenas um ato de empatia, mas uma poderosa estratégia de negócios, intimamente ligada aos pilares do ESG (Ambiental, Social e Governança).
Integrar famílias de autistas, especialmente a partir da adequação de regras, fortalece o valor da marca do condomínio, atrai novos moradores e, principalmente, cumpre o pilar mais humano do ESG: o “S” (Social).
O componente “Social” do ESG avalia como uma organização lida com as pessoas: funcionários, fornecedores e, no caso de um condomínio, os moradores e a comunidade do entorno. A inclusão da pessoa autista e de suas famílias entra diretamente nesse eixo, gerando benefícios tangíveis.
Valorização Patrimonial: Condomínios reconhecidos como inclusivos se destacam no mercado. A demanda por um ambiente acolhedor e seguro para famílias com pessoas autistas se traduz em um diferencial competitivo e em maior valor venda e de revenda das unidades.
Melhora da Reputação (Marca – Branding Condominial): Demonstra compromisso com a diversidade e o bem-estar. Uma imagem positiva evita conflitos, reduz litígios e atrai síndicos e administradoras de alto nível.
Mitigação de Riscos Legais: O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/15) dá ao autista a condição de pessoa com deficiência. A falta de adaptação ou a discriminação pode gerar multas e processos onerosos. A inclusão é uma blindagem jurídica.
Construção de Comunidade: Promove a tolerância, a educação e a empatia entre vizinhos. Uma comunidade mais informada e solidária reduz as reclamações e transforma o condomínio em um verdadeiro lar.
Para que a inclusão seja efetiva e não apenas uma “boa intenção”, ela deve ser formalizada. O Regimento Interno é o documento ideal para solidificar essa estratégia, garantindo que as regras de convivência se adaptem à neurodiversidade.
Como Integrar a Inclusão Autista ao Regimento Interno (Estratégia G-S de Governança e Social):
1) Criação de Exceções Sensoriais
Muitos autistas são hipersensíveis a ruídos altos ou interrupções de rotina.
2) Protocolo de Comunicação e Avisos
A previsibilidade é vital para o autista. Mudanças de rotina (obras, eventos, dedetização) podem causar grande estresse.
3) Uso Adaptado de Áreas Comuns
4) Treinamento de Colaboradores
Em resumo, um condomínio que adota a inclusão da pessoa autista através de seu Regimento Interno não está apenas fazendo o bem; está investindo em sua própria imagem, blindando-se legalmente e se posicionando como um empreendimento de vanguarda no mercado imobiliário. A responsabilidade social (S de ESG) é, inegavelmente, um fator de sucesso e longevidade no mundo dos negócios condominiais.
Advogada, inscrita na OAB/CE sob o número 10.570, com experiência em Direito Previdenciário, com ampla atuação e conquistas no âmbito de aposentadorias especiais e benefícios de segurados especiais, e atuação no terceiro setor. Ampla atuação também no Direito Imobiliário, assessorando imobiliárias e corretores, na esfera administrativa e judicial.
Graduação em Direito pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR, ano de 1995.
Pós-graduação em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR, ano de 2022.
Pós Graduanda em Direito Imobiliário pela UNIFAMETRO – Centro Universitario Fametro, 2024 e 2025.
Curso de Tecnico em Transações Imobiliárias – TTI – 2024 – 1 – EBET.
Ampla habilidade para lidar com pessoas.
Lista de habilidades técnicas e interpessoais relevantes para a vaga
Elaborei e apresentei peças processuais em diversas instâncias.
Conduzi negociações e medições extrajudiciais.
Obtive sucesso em diversos processos, resultando em indenizações para clientes.
Habilidades e Competências: Redação de peças processuais,. conhecimento em legislação civil, negociação e mediação, sustentação oral, Inglês avançado