A modalidade de investimento em imóveis compactos para locação de temporada, conhecida popularmente como short stay, se tornou bastante popular nos últimos anos, especialmente em áreas turísticas e urbanas com alta demanda.
Em uma pesquisa encomendada pelo Quinto Andar Imovel Web, divulgada em agosto de 2023, a receita gerada por locação de short stay aumentou 65% em dois anos no mercado brasileiro.
Vou explicar como funciona esse tipo de investimento e compará-lo com outras formas de geração de renda passiva.
1) Funcionamento:
– O investidor adquire um imóvel (geralmente um apartamento ou kitnet) para locação de curta duração.
– O imóvel é frequentemente mobilado e decorado para atrair turistas e viajantes de negócios.
– Os alugueis podem ser gerenciados diretamente pelo proprietário, mas no meu entendimento, para ser considerado renda passiva o proprietário deve terceirizar o serviço para anfitriões profissionais, ficando livre de qualquer trabalho.
2) Rentabilidade:
– A rentabilidade dessa modalidade pode ser bem alta em comparação a aluguéis de longo prazo, especialmente em períodos de alta demanda (férias, feriados).
– Em uma analise conservadora, já descontado o custo operacional, a rentabilidade pode variar de 8% a 18% ao ano ou até mais, dependendo da localização e estratégia de marketing do imóvel.
– Além da renda passiva, os imóveis tendem a valorizar acima da inflação, além disso, em uma analise realizada pelo Quinto Andar Imovel Web, divulgada em março de 2024, os imóveis voltados para short stay tem valorização média de 20% superior a de imóveis para locação tradicional.
1) Aluguel Tradicional:
– Rentabilidade: Geralmente, a rentabilidade de aluguéis de longo prazo varia entre 5% a 10% ao ano, podendo ser menor em algumas localidades.
– Vantagens: Maior estabilidade e menor rotatividade de inquilinos.
– Desvantagens: Renda fixa e menos potencial de ganho em alta demanda.
2) Fundos Imobiliários (FIIs):
– Rentabilidade: Os FIIs costumam oferecer distribuição mensal de rendimentos que variam entre 6% e 12% ao ano.
– Vantagens: Liquidez, diversificação e gestão profissional do portfólio.
– Desvantagens: Não há controle direto sobre os ativos e dependência do rendimento do mercado imobiliário.
3) Ações que Pagam Dividendos:
– Rentabilidade: A rentabilidade pode variar bastante, mas algumas empresas pagam dividendos numa faixa de 4% a 8% ao ano.
– Vantagens: Potencial de valorização dos papéis além dos dividendos.
– Desvantagens: Risco de volatilidade e necessidade de conhecimento sobre o mercado de ações.
4) Títulos de Renda Fixa:
– Rentabilidade: Os títulos públicos e privados geralmente oferecem retornos entre 6% a 10% ao ano, dependendo do tipo e do prazo.
– Vantagens: Baixo risco e previsibilidade dos rendimentos.
– Desvantagens: Rentabilidade muitas vezes inferior em comparação com o mercado imobiliário em alta.
– Risco e Gestão: A locação de temporada envolve mais riscos, principalmente relacionados à vacância do imóvel. No entanto, ela pode trazer um retorno superior, principalmente em áreas de alta procura.
– Avaliação do Local: A localização do imóvel é crucial. Imóveis situados em regiões turísticas ou com boa infraestrutura tendem a ter maior taxa de ocupação.
– Regulamentação: É importante estar atento às regras locais sobre locação de temporada, que podem variar significativamente, impactando a rentabilidade.
No final, a escolha do tipo de investimento dependerá do perfil do investidor, da tolerância ao risco e dos objetivos financeiros.
Advogado, pós-graduando em direito e negócios imobiliários pelo CESUSC, e consultor imobiliário com atuação em Imbituba e Garopaba, litoral sul catarinense.
OAB/SC 32.199
CRECI/SC 58.497-F
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