A importância da análise na documentação nos contratos imobiliários

Com toda a correria do dia a dia, metas para bater, concorrência para ganhar, “leads frios” que tomam o precioso tempo do corretor de imóveis, quando chega o glorioso momento do fechamento da venda, o único pensamento que vem na cabeça é: “preciso que as Partes assinem o contrato o quanto antes para não perder essa venda!”

Então ao analisar a documentação, você se depara com alguns obstáculos como um inventário que não foi registrado, o vendedor que só tem o famoso “contrato de gaveta”, a situação do imóvel está irregular perante a Prefeitura, além de uma série de outros entraves que podem levar até ao cancelamento do negócio – e a frustração do tempo perdido.

A análise dos documentos nas transações imobiliárias é de extrema importância – de preferência antes do “negócio fechado” – para a segurança jurídica do negócio e das Partes, além de evitar diversos problemas futuros. Os documentos que devem ser analisados – no mínimo – incluem a matrícula atualizada do imóvel, certidões negativas de débitos municipais, estaduais e federais, certidões negativas de ações civis, criminais e trabalhistas, certidão de débitos do condomínio (quando for o caso), documentos pessoais dos vendedores, incluindo a certidão de estado civil atualizada – para verificar se não há um casamento ou divórcio com partilha pendente para o registro, entre outros. A matrícula, por exemplo, é o ponto inicial da análise, onde contém todas as informações relativas ao imóvel, como localização, metragem e descrição, histórico de proprietários, registros, averbações, gravames (ônus e ações vinculadas ao imóvel). Já as certidões negativas pessoais, atestam que não há dívidas ou pendências relacionadas aos proprietários que possam interferir na segurança jurídica do comprador, causando até a perda do imóvel adquirido – e de quebra a devolução da comissão nos casos de omissão.

Ainda, a análise bem feita, pode ajudar a identificar obrigações financeiras que devem ser assumidas pelo comprador, tais como IPTU e condomínio atrasado e outras despesas.

Portanto, escolha não colocar o seu cliente em risco por causa da pressa para assinar um contrato. Ao invés disso, opte pelo profissionalismo e segurança para oferecer uma experiência de compra tranquila e transparente sem surpresas futuras, pois se tratando de transações imobiliárias, a pressa é inimiga da perfeição e na maioria das vezes, “o barato sai caro!”