A restauração de Notre Dame: como a tecnologia de nuvem de pontos salvou a catedral de Paris?

Recentemente, a famosa catedral de Notre Dame, em Paris, foi reaberta após sua reconstrução em função do terrível incêndio que ocorreu em abril de 2019 e destruiu boa parte do edifício, incluindo o telhado e a torre que desabou. Na reconstrução, tudo foi reconstituído, incluindo vitrais, trabalhos de carpintarias, as abóbadas com suas nervuras e outros detalhes arquitetônicos. As primeiras imagens do resultado mostram a excelência do trabalho executado.

A utilização de scanner a laser para a captura da realidade, que criou modelos de nuvem de pontos tridimensionais, foi um recurso muito valioso neste processo, assim como foi para a reconstrução do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Após desastres dessa magnitude, esse tipo de tecnologia permite um levantamento preciso do cenário, ajudando na apuração dos trabalhos de restauração necessários, assim como no projeto e na execução da obra.

É importante ressaltar que a aplicação da tecnologia de nuvem de pontos, quando realizada antes dos desastres, se torna muito mais vantajosa, pois ajuda a fornecer detalhes das edificações antes das destruições. Por sorte, no caso da Notre Dame, um pesquisador de arquitetura do Vassar College dos EUA, Andrew Tallon, tinha feito o modelo de nuvem de pontos da catedral em 2010 para um trabalho de pesquisa, que se tornou de suma importância para o apoio na busca de detalhes durante as atividades de restauração e reconstrução da edificação.

Esse caso serve de exemplo e motivação para promover a captura da realidade e digitalização de todos o nosso acervo de monumentos e edifícios históricos, pois além de permitir utilizar a informação para desenvolvimento de visitas virtuais mais imersivas na web e metaverso, teríamos garantida as informações para a eventual necessidade de um restauro, como o que ocorreu em Paris.

 

*Marcus Granadeiro é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP, membro do RICS – Royal Institution of Chartered Surveyors (MRICS), certificado em Transformação Digital pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e sócio-diretor do Construtivo, empresa de tecnologia com DNA de engenharia, que é parceira em treinamento e certificação da buildingSMART Brasil.

 

Sobre o Construtivo

O Construtivo é uma empresa de tecnologia com DNA de engenharia. Pioneira no conceito de nuvem, atende aos maiores projetos de infraestrutura do Brasil. Fundado em 2000 como uma joint venture do Grupo Santander, o Construtivo passou por um processo de MBO (Management buy-out) em 2004 e se tornou uma empresa nacional.

Atendendo mais de 100 mil usuários e cerca de 200 clientes ativos, entre eles Norte Energia, AES, CPFL, EDP, Taesa, Alupar, CTG, Energisa, CSN, Rumo, Promon, Concremat, EGIS, Intertechne, Systra, LBR, Voith, Andritz e Weg, a empresa mantém uma sede em São Paulo e uma filial em Porto Alegre.

O Construtivo tem como carro chefe a plataforma Colaborativo, ofertada na modalidade de serviços (SaaS) e que é a base para uma solução de integração para os processos BIM.

Combinados a outras tecnologias oferecidas pelo Construtivo, o Colaborativo e o BIM levam transformação digital ao setor, que pode aproveitar o know-how de mais de 22 anos da empresa em CAD e o pioneirismo na modelagem das informações da construção.

Referência em gerenciamento de processos com especialização em engenharia civil, a empresa atende áreas como energia, transporte, saneamento, ferrovia, administração pública, manutenção, entre outras.

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