O cenário econômico de 2025 já começou a impactar o bolso de quem deseja financiar um imóvel. Com a taxa Selic rondando os 15% ao ano, os bancos elevaram significativamente os juros aplicados nas linhas de crédito imobiliário, que hoje variam de 11% a 13% a.a. + TR. O resultado? Parcelas mais caras, crédito mais difícil e um novo desafio para quem sonha com a casa própria.
Mas o que isso significa, na prática? E como você pode se preparar para esse novo ambiente financeiro?
A Selic é a taxa básica de juros da economia. Quando ela sobe, os financiamentos ficam mais caros, pois os bancos ajustam suas taxas para acompanhar o aumento do custo de captação.
Em 2025, com a Selic elevada para conter a inflação persistente, os bancos endureceram as regras de concessão de crédito, principalmente para famílias da classe média, que perderam parte de seu poder de compra nos últimos anos
As taxas de financiamento imobiliário, que em anos anteriores giravam em torno de 7% a 9% a.a., agora passam facilmente de 11% ao ano, fora os custos com seguros e correção monetária (geralmente pela TR).
Além disso, os bancos estão mais criteriosos:
Com os juros elevados:
Apesar do momento desafiador, ainda é possível financiar de forma inteligente. Veja como:
1) Simule em mais de um banco. A diferença de CET entre instituições pode ser grande, mesmo com taxas parecidas.
2) Utilize o FGTS estrategicamente seja para compor entrada ou amortizar parcelas, o FGTS ajuda a reduzir o impacto dos juros.
3) Considere imóveis com menor valor de avaliação. Às vezes, adiar o sonho do imóvel maior pode ser a chave para manter o financiamento viável.
4) Aposte na portabilidade futura. Fechar agora com taxa maior pode ser uma estratégia, desde que você tenha margem para renegociar ou fazer a portabilidade quando o cenário melhorar.
5) Considere outras modalidades (ex: consórcio ou financiamento híbrido). Com juros altos, pode valer a pena estudar modalidades alternativas — tema que abordaremos nos próximos artigos.
O financiamento imobiliário em 2025 vive uma fase de restrição e adaptação. A alta da Selic torna o crédito mais caro, mas não inviabiliza totalmente o acesso à casa própria. O segredo está em entender o momento, fazer escolhas conscientes e buscar alternativas mais eficientes de financiamento.
Se informar bem hoje pode te poupar de dívidas insustentáveis amanhã.
Empresario e Corretor de imóveis a 25 anos, correspondente bancário a 19 anos
Especialista em Bancos Privados
Profissional certificado
Especialista em análise de crédito