Seu concorrente está construindo autoridade enquanto você aguarda resultados imediatos
No mundo das imobiliárias que vendem imóveis avulsos, o mantra é simples e cortante: “branding não vende” e muitos acreditam nisso com tanta convicção que deixam a própria marca morrer por inanição.
Mas isso só evidencia o problema: Não é branding que não vende, é a falta de estratégia que mata a venda antes mesmo de começar.
A NAR (National Association of Realtors) deixou claro em 2023 que a credibilidade e reputação da imobiliária são os fatores decisivos para 82% dos compradores escolherem seu corretor antes de olhar os imóveis. Em outras palavras, sem marca forte, você nem entra na disputa. E claro, reputação é branding em ação.
Agora, veja o que acontece quando se aposta corretamente nessa narrativa:
A Bertholini Imobiliária, no Rio de Janeiro, focou sua comunicação em conteúdo relevante sobre o bairro do Grajaú, conteúdo que criou posicionamento forte, fidelidade local e, sobretudo, autoridade antes mesmo da primeira venda.
Após um ano investindo nisso, a imobiliária conseguiu aumentar vendas genuínas e retornar consistentemente sobre o investimento. É o branding que se paga.
Ou pense na Ana Paula Dalcin Negócios Imobiliários. Uma marca menor, com nome pessoal, que escolheu o branding como pilar de confiança. Ao valorizar sua assinatura, atendimento humanizado e presença digital coerente, ela consolidou-se na mente dos clientes como referência local.
O resultado? Uma base de clientes fiéis e crescimento orgânico. Você aí, que acha que branding é apenas estética colorida, reflita:
Uma marca consistente reduz o custo de adquirir clientes em até 30%, segundo estudo da McKinsey porque, quando sua imagem é sólida, o cliente se aproxima com menos resistência e mais predisposição a fechar negócio.
Ainda duvida? As imobiliárias que se tornam referência por bairros dominam o mercado. Muitos compradores já chegam com o corretor definido antes mesmo de olhar o imóvel e esse corretor tem branding implícito, seja no site, nas redes ou até em uma frase bem contada. Isso é poder de marca local.
E mais do que isso: o reconhecimento da marca influencia a conversão.
Um lead pode clicar por conta do anúncio, mas é o branding que faz ele responder à proposta e permanecer até o fechamento.
E aí vem a pergunta que todo gestor de imobiliária faz quando escuta a palavra branding: “Mas isso não sai mais caro que gerar leads no Google ou no Facebook?”.
A resposta, baseada em dados, é que sim… e não.
Segundo a HubSpot (2024), campanhas de geração de leads no digital têm um custo médio por lead que pode variar de R$ 15 a R$ 60 no setor imobiliário, enquanto ações de branding como anúncios com foco em alcance e reconhecimento custam menos por mil impressões (CPM médio entre R$ 8 e R$ 15), mas exigem consistência e tempo para se traduzir em clientes.
Ou seja, no curto prazo, a campanha de leads parece mais barata, porque você vê contatos chegando no dia seguinte. Mas no longo prazo, o branding tende a reduzir o próprio custo de aquisição, pois cria uma audiência mais qualificada e receptiva, diminuindo o desperdício com leads frios.
Basta olhar para casos como o da Imobiliária Lopes, que construiu autoridade nacional e hoje converte com mais facilidade justamente porque seu nome já está gravado na mente do comprador antes mesmo dele decidir que vai comprar.
Essa é a força invisível que você não vê se estiver focado apenas em performance imediata.
Então aqui vai a verdade conflituosa: branding funciona e funciona exatamente quando você para de tratá-lo como algo secundário.
Ele não vende sozinho; mas sem ele, você vende menos, se faz menos conhecido, e se torna apenas mais um na multidão.
Afinal, num mercado saturado, quem tem marca vence!
CONHEÇA MAIS SOBRE O AUTOR DESTE POST
Edgard Lagrotta
Administrador de Empresas com MBA em Gestão de Negócios e Pessoas. Cientista do Marketing certificado pela V4 Company.
Profissional com 20 anos de experiência nas áreas de marketing e vendas, com atuação nos segmentos de bebidas, automotivo, marketing digital e mercado imobiliário. Ao longo da carreira, desenvolveu e implementou estratégias comerciais, posicionamento de marca e projetos de crescimento voltados para performance e gestão de equipes multidisciplinares.
