A pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe também grandes impactos na economia. E o mercado imobiliário não está fora disso. No momento atual de crise, o setor busca formas de se reinventar através de estratégias inovadoras, bom atendimento e facilidades nas condições de vendas.
A Pró Lotes, por exemplo, uma das maiores loteadoras do Rio de Janeiro, se prepara agora para uma guinada em seus negócios. A empresa, que até então só trabalhava com terrenos, lançou um projeto para também vender casas nos empreendimentos que já possui em São Pedro da Aldeia, Maricá e Itaboraí.
O pontapé inicial foi dado pelo Solaris Residencial Clube, em Maricá, condomínio já pronto e entregue. Proprietários de lotes no local estão tendo a prioridade de compra neste começo. Para Patrícia Perini, diretora-comercial da Pró Lotes, a crescente procura por casas fez com que a empresa revisasse sua vocação de trabalhar só com lotes urbanizados. Ela diz que agora chegou a hora de o Holiday Park Land Condominium, em Itaboraí, receber a iniciativa.
Se para o setor imobiliário é hora de buscar novas formas de vendas, para o consumidor é o momento de se beneficiar com as condições de compras oferecidas. No caso específico da Pró Lotes, o lançamento da nova modalidade de negociação traz um pacote de vantagens para quem resolver adquirir sua casa: entrada facilitada, financiamento direto com a empresa e entrega das chaves em até 12 meses.
Especialista em mercado imobiliário, Luiz Carlos Oliveira, 34 anos de profissão, é diretor da Lopes Self. Ele diz que a crise que se avizinha no período pós-coronavírus já está fazendo com que não só as construtoras mas toda a cadeia busquem alternativas para manter as vendas minimamente aquecidas. Ele acha, inclusive, que pode haver empresas alterando completamente seu perfil para buscar rentabilidade.
“Eu mesmo na minha empresa estou surpreso de como rapidamente nos adaptamos para o meio digital, hoje já 100% incorporado às nossas ações. Essa deverá ser a tendência de todos os players, de cartório a imobiliárias, passando por construtoras e incorporadoras”, prevê Oliveira.
Já a consultora imobiliária Daniely Balbi, representante da Spin Inovações Imobiliárias, de Maricá, Região dos Lagos do Rio de Janeiro, viu no distanciamento social uma oportunidade de aproximar as relações com os clientes no ambiente virtual.
“Estamos conhecendo um mundo novo e desafiador. Para nós, consultores imobiliários, é um desafio por estarmos acostumados com o contato pessoal. E hoje nem sempre temos essa possibilidade, pois existe o receio dos clientes em ter contato, bloqueio de cidades, entre outros problemas causados pela pandemia. Num primeiro momento, foi um pouco assustador. Mas depois entendemos que era a hora de encarar um novo desafio e a oportunidade de aprender mais, se preparar para o que vai acontecer no futuro. Hoje usamos diversas ferramentas que nos possibilitam fazer chamadas em vídeo para mostrar o imóvel ou o empreendimento para os compradores. Acredito que isso depois vai virar tendência e será incorporado de vez ao mercado imobiliário”, explica a consultora.
Cristiane Portella, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), mantém previsões otimistas e afirma que este é o cenário que todos apostam. “O setor imobiliário vinha forte. Pode ter uma postergação, mas o setor vai continuar sendo um dos que mais vai crescer”, diz.
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