A palavra status, derivada do verbo latino stare, indica a condição de algo ou alguém em determinado instante. Socialmente, refere-se à posição ou condição de uma pessoa na hierarquia da sociedade em que vive. Moral é o conjunto dos costumes que a sociedade define como normais e, portanto, aceitáveis. Deriva de mores, do latim. Ética vem de ethos, do grego, que significa caráter. É a análise racional e filosófica da moral. Honra é o princípio moral que conduz alguém a ser virtuoso, probo e corajoso, gozando, por isso, de bom conceito social.
A honra é um conceito que transcende o simples reconhecimento público; exercitá-lo implica senso de responsabilidade e profundo compromisso com a conduta ética. No contexto dos Conselhos Profissionais, assim como em qualquer entidade de classe, exercer representação é um privilégio raro. No entanto é comum observar que pessoas eleitas para esse múnus, por despreparo ou até por má intenção, acabam confundindo o status com oportunidade para obtenção de ganhos pessoais, esquecendo-se do verdadeiro significado de servir.
Contudo, ao exercermos esse papel com a dedicação e o amor de nós esperados, não apenas honramos a nós mesmos, mas também ao grupo social que representamos. Buscar benefícios pessoais ou profissionais, ao invés da promoção do bem-estar que nos propusemos a cumprir, pode manchar a reputação individual de quem exerce a representação, como também comprometer toda a credibilidade da instituição representada. Portanto é crucial que os representantes de classe se questionem sobre suas verdadeiras convicções e motivações.
Devemos lembrar que a representação profissional é um múnus público, um encargo que deve ser exercido com abnegação e desprendimento. A honra verdadeira reside na capacidade de transcender interesses pessoais e trabalhar pelo bem comum. Quando nos comprometemos com essa visão, então contribuímos para a construção de uma classe profissional mais ética e respeitada. Além de competência, nossos pares de profissão e toda a sociedade, esperam de nós integridade e conduta ilibada. É nosso dever honrar essas expectativas.
A honra, como valor social, transparece nossas ações e decisões. Estas, por sua vez, refletem nosso compromisso com a ética e a responsabilidade. Ao cultivar a honra, não apenas nos tornamos melhores representantes, como também contribuímos para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e mais ética. Por isso nosso esforço deve ser no sentido de sermos exemplos de conduta ética e moral, a fim de inspirarmos outras pessoas a fazerem o mesmo. A honra não é apenas um título. É um compromisso indelével com a ética e a moral.
Infelizmente, no entanto, há representantes de classe que subvertem o conceito de honra, priorizando interesses pessoais em detrimento do bem comum. A sociologia explica isso com a teoria da rotatividade de papéis. Nela, a defesa de interesses próprios sobrepõe-se ao papel de defensor de causas coletivas. Nos meios representativos, portanto, é fundamental manter vivo o verdadeiro sentido da honra e do compromisso com quem representamos. Honra não é conceito abstrato, é realidade concreta, que se manifesta em nossas ações!