Parece absurdo que em pleno século XXI ainda precisamos desmistificar a idéia de que o desenvolvimento urbano contrapõe a conservação do meio ambiente.
O desenvolvimento urbano e a sustentabilidade são conceitos interligados e essenciais para garantir um futuro saudável para as cidades e o meio ambiente. É vital compreender que esses elementos não devem ser vistos como opostos, mas sim como complementares.
A sociedade possui um papel importante na elaboração do planejamento urbano. Os municípios relizam audiências públicas sempre que é necessário fazer alterações nos seus planos diretores e a participação da população é essencial para entender o contexto da realidade local.
É muito comum, especialmente em comunidades pequenas, existir um desejo de se evitar o desenvolvimento urbano com a ideia de se preservar não só a natureza, mas a paz e tranquilidade do lugar, mantendo o “status quo”.
A intenção da população é a melhor possível, mas o que é preciso compreender é que a falta de um planejamento não impede o crescimento da região, apenas faz com que o crescimento ocorra de forma desordenada, sem controle. Com a intenção de manter o “status quo”, acabam causando maiores danos ambientais e sociais ao local.
O desenvolvimento urbano envolve o planejamento cuidadoso do crescimento das cidades, visando garantir que a população tenha acesso adequado a serviços essenciais, como transporte, infraestrutura, saúde, educação e um ambiente de qualidade. É fundamental para promover uma urbanização sustentável, que leve em consideração as necessidades presentes sem comprometer o futuro das próximas gerações.
Por outro lado, a sustentabilidade refere-se à utilização consciente dos recursos naturais, de modo a não prejudicar o bem-estar das futuras gerações. O objetivo principal da sustentabilidade é encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, garantindo que as atividades humanas não causem danos irreversíveis ao planeta.
Portanto, é essencial integrar princípios de sustentabilidade no planejamento e na execução do desenvolvimento urbano, buscando soluções inovadoras que promovam o bem-estar da população atual sem comprometer a qualidade de vida das futuras gerações. Ações como o uso de energias renováveis, a criação de áreas verdes e a promoção da mobilidade sustentável são fundamentais para construir cidades mais resilientes e ambientalmente responsáveis.
Advogado, pós-graduando em direito e negócios imobiliários pelo CESUSC, e consultor imobiliário com atuação em Imbituba e Garopaba, litoral sul catarinense.
OAB/SC 32.199
CRECI/SC 58.497-F