Os impactos de Donald Trump no mercado imobiliário: o que esperar?

Se tem um nome que causa impacto no mundo e principalmente no mercado imobiliário, esse nome é Donald Trump. Antes de entrar para a política, ele já era conhecido pelos seus empreendimentos grandiosos e estratégias ousadas, contudo, com sua reeleição em 2025, muitas mudanças estão acontecendo, medidas que podem ser vistas como radicais, políticas de centralização do poder e veto aos imigrantes, podem afetar tudo, inclusive o mercado imobiliário.

 

1) A Marca Trump e Seu Peso no Mercado

Desde os anos 1970, Trump se consolidou como um dos nomes mais poderosos no setor imobiliário, principalmente por seus empreendimentos, como a icônica Trump Tower em Nova York, que sempre carregaram um ar de sofisticação e exclusividade, mas também houve polêmicas: falências, processos judiciais e questionamentos sobre suas práticas de negócios. Independentemente das opiniões, o fato é que a influência de Trump no setor é inegável e que os próximos anos, haverão muitas mudanças, isso já sabemos.

 

2) O Que Mudou Com Sua Reeleição?

Com a volta de Trump ao poder, algumas políticas que afetam diretamente o mercado imobiliário foram reforçadas, por exemplo a deportação de imigrantes.

Estima-se que a remoção de milhões de imigrantes indocumentados possa reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em até 8%, segundo a Bloomberg Economics.

No setor agrícola, aproximadamente 42% da força de trabalho é composta por imigrantes ilegais. A deportação em massa desses trabalhadores pode resultar em escassez de mão de obra, levando ao aumento dos preços dos alimentos.

Em relação ao mercado imobiliário, as famílias imigrantes possuem um patrimônio estimado de US$ 5,4 trilhões em propriedades nos EUA.

A deportação de um número significativo desses indivíduos pode afetar negativamente o mercado imobiliário, reduzindo a demanda por imóveis e potencialmente desvalorizando propriedades em áreas com alta concentração de imigrantes.

Além disso, setores como construção civil, hotelaria e tecnologia, que dependem fortemente da mão de obra imigrante, podem enfrentar desafios significativos devido à escassez de trabalhadores, resultando em aumentos de custos e possíveis atrasos em projetos.

Em suma, as deportações em massa propostas podem ter consequências econômicas abrangentes, afetando desde a produção agrícola até o mercado imobiliário e outros setores essenciais da economia dos Estados Unidos.

Além disso, temos:

  • Menos impostos para grandes empresas: Incorporadoras e investidores saem ganhando com a manutenção dos cortes de impostos.
  • Menos burocracia: A redução de regulações ambientais e financeiras facilita novos projetos, mas também gera preocupações com sustentabilidade.
  • Incentivos para investimentos em áreas menos valorizadas: A ideia é revitalizar bairros em decadência, mas há o risco de gentrificação e deslocamento da população mais carente.

 

3) Os Prós e Contras do Novo Mandato

Nem tudo são flores, como podemos acompanhar, mas se por um lado há um aquecimento no setor de luxo e grandes construções, por outro, o acesso à moradia acessível continua sendo um problema, porém ainda é um mercado de grande potencial, mas compreenda um pouco sobre o cenário:

  • A desigualdade no setor deve aumentar: Quem já tem dinheiro para investir tende a lucrar mais, enquanto a classe média e baixa enfrenta dificuldades para financiar a casa própria.
  • A inflação pode pressionar ainda mais o mercado: Se os custos de construção e financiamento continuarem subindo, a compra de imóveis ficará cada vez mais restrita a uma parcela menor da população.
  • A marca Trump divide opiniões: Para investidores conservadores, ele representa estabilidade e crescimento. Mas muitos consumidores evitam produtos e serviços associados ao seu nome.

 

4) O Que Esperar Para o Futuro?

Diante desse cenário, aqui estão algumas projeções:

  • Curto prazo (2025-2026): O setor de alto padrão deve crescer, enquanto imóveis mais acessíveis podem ficar ainda mais distantes da realidade da maioria.
  • Médio prazo (2027-2029): Caso o governo não tome medidas para equilibrar o mercado, a desigualdade habitacional pode se tornar um problema ainda maior.
  • Longo prazo (2030 em diante): Muito dependerá de quem assumirá o governo após Trump. Se suas políticas forem mantidas, o setor imobiliário pode continuar concentrado nas mãos dos grandes players.

 

O impacto de Trump no mercado como um todo, vai além dos números e estatísticas, uma vez que ele tem impactado nas tendências, gera debates e levanta questões importantes sobre quem realmente se beneficia dessas mudanças.

Para investidores, o jogo está em curso e precisamos ficar atentos para oportunidades que podem vir.

 

CONHEÇA MAIS SOBRE SOPHIA MARTINS:

Nascida e criada na capital paulista, comecei na corretagem de imóveis após diversas experiências de atendimento na compra de imóveis e percebi um mercado de oportunidades, estimulando a superação de desafios que é meu maior combustível.

Certificada CIPS, uma das mais importantes certificações internacionais NAR – National Association of Realtors® EUA, foquei minha carreira em desenvolver e capacitar pessoas, utilizando os conceitos do mercado de luxo, empregados a todo e qualquer segmento do mercado imobiliário.

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