(Palestra Mara Behlau e Marisa Barbara – Comunicação de sucesso em tempos de mudança)
O ser humano comunica-se, desde o nascimento, por meio do choro, em frequência de 240 Hertz. A dor e o prazer manifestam-se em frequências diferentes, logo percebidas pela mãe. A comunicação profissional, no entanto, exige dosagem e estrutura. Movimentos, tom de voz, pausa, olhar, expressão facial, tudo é comunicação. Com base na neurociência, Mara e Marisa comentam dez interessantes dicas para a comunicação de sucesso.
- É impossível não se comunicar. A comunicação é ferramenta da sobrevivência, e todos podem ser comunicadores. Quem não o é por natureza, pode ser treinado para sê-lo.
- Nosso cérebro é social. O cérebro é formatado para trabalhar em rede. O tempo todo captamos e enviamos informações por meio dele. Somos seres superiores graças ao cérebro. A sobrevivência depende da comunicação, mas é preciso dosá-la. O mau comunicador afasta interlocutores.
- O poder da comunicação. Frases curtas, como “eu te amo”, mesmo ditas a distância ou escritas, causam forte impacto. Alteram o batimento cardíaco, a respiração, e até o metabolismo do receptor da mensagem. O odor, expressão corporal, sons vocais, toque, olhar, tudo comunica. Só os humanos usam palavras. É uma imensa vantagem. Mas a comunicação eficiente depende das palavras certas.
- Consciência na comunicação. Seja consciente ao escutar e falar. Escutar com consciência é escutar além das palavras. O bom comunicador é, sobretudo, bom ouvinte. A mensagem recebida, verbal, escrita ou gestual, é imediatamente processada pelo cérebro.
- A comunicação pode ser comprometida por ruídos. Ruídos externos são os que podemos ouvir, num canteiro de obras, por exemplo. Os internos, podem ser a experiência de vida, a cultura, a emoção, o humor, o interesse, os vieses, os boatos; tudo influencia a comunicação. É importante prestar atenção ao que se ouve. Atitudes corretas dependem disso.
- Extrovertido x introvertido. Pessoas extrovertidas comunicam muito rápido. O interlocutor não consegue processar. Prejudica negociação. O introvertido, ao contrário, em geral é ótimo observador e pensa antes de falar. A comunicação lenta, entretanto, pode estressar o interlocutor e atrapalhar o negócio. O melhor é combinar as duas. O ideal é ser ambivertido.
- Foco, contexto e interlocutores. Bom comunicador é bom ouvinte. Ao falar, é preciso focar no que é mais importante. Selecionar o texto de acordo com o contexto do interlocutor é fundamental.
- Seja assertivo. Ser elegante e educado é muito bom, mas ir direto ao ponto é indispensável. Evitar divagações. Em comunicação, prolixo é sinônimo de “para o lixo”. Excesso de informação confunde. Informar só o essencial. Quem deve dosar a informação é o receptor, não o informante.
- Canal de comunicação adequado. Canais ricos manejam diversas saídas de informações: palavras, tom de voz, expressão facial. Entretanto o melhor canal é o presencial. Os canais pobres oferecem apenas uma ou duas saídas. Mensagens de pouca importância podem ser passadas por meio de canais pobres. Porém mensagens mais complexas precisam de canais ricos.
- Empatia na diversidade. Empatia é a capacidade de colocar-se no lugar do interlocutor para melhor compreendê-lo. No mundo atual, quem vende tem de saber lidar com tanta diversidade: religiosa, racial, sexual, de cor… Para isso, tem de ser necessariamente empático!