Desde o ano passado, os juros baixos trouxeram de volta a figura do investidor para o mercado imobiliário, pois a aposta em ativos reais havia se tornado, novamente, mais atrativa do que em aplicações financeiras. Porém, com o novo ciclo de alta dos juros, surgem questionamentos se agora será a vez do caminho inverso.
Conforme o patamar alcançado pelos juros, o investidor pode se sentir em dúvida ao adquirir imóveis e passar a buscar outras opções. Esse não é, porém, o ambiente esperado pelo setor mobiliário para o curto e para o médio prazo.
Mesmo que a Selic chegue, no fim de 2021, entre 4% a 5% ao ano, ainda assim teremos taxas muito baixas. As aplicações de menos risco, como poupança e renda fixa, deixaram de ser rentáveis. E uma alternativa são os investimentos de risco, como ações em bolsa e dólar, mas isso pode ser bem desastroso para quem não tem experiência, ou assessoria adequada.
Caso, em um ano, os juros cheguem a 6,5% ou 7%, haverá um risco de migração. Mas as atenções estarão no cenário eleitoral, com uma expectativa de mudança do governo, qual será a política econômica e a visão em relação ao equilíbrio fiscal do país.