Tendência e economia para o setor imobiliário

O mercado imobiliário, ao contrário de vários outros segmentos da nossa economia, pouco ou nada sofreu com a Covid-19. Ao revés, até registrou acentuada expansão. Exceto nos dois primeiros meses, quando a Organização Mundial de Saúde decretou a pandemia, em 11 de março de 2020. A queda foi brusca no primeiro momento, mas em menos de dois meses o mercado reagiu com a mesma intensidade. Os economistas definiram a ocorrência como queda e ascensão em “V”. Assim, as vendas imobiliárias de 2020 equivaleram às de 2019.

Amorim avalia que estímulos econômicos inusitados, associados a outros fatores, foram os responsáveis pelo fenômeno. A taxa básica de juros (Selic) que, em julho de 2015, chegou a 14,25% ao ano, no final de 2019 e começo de 2020 despencou para, igualmente inusitados, 2% aa. Isso forçou para baixo as taxas de juros, em especial a dos financiamentos imobiliários, que já operavam com abundância de funding. Em 2021, mesmo com a redução na produção de imóveis novos, o mercado imobiliário cresceu cerca de 26% em relação ao do ano anterior.

Estamos em maio de 2022. Nos últimos doze meses, a Selic voltou a crescer e já bate em 12,75% ao ano. No entanto nada indica retração no mercado. O dólar está caindo, e os produtos importados ficando mais baratos. Isso reduz a inflação e força os juros a voltarem a cair. O processo eleitoral à vista pode causar medo e retração do mercado. Os preços podem até diminuir. Porém preços baixos geram oportunidades e atraem investidores, que geram mais negócios. Diligentes, os Corretores de Imóveis podem aproveitar a chance e ampliar sua network.

O fim da guerra fria (1989), com a queda do muro de Berlim e a dissolução da União Soviética (1993), reunificou os mundos capitalista e comunista numa grande e pacífica comunidade mercantil, sob a liderança tácita dos Estados Unidos. A invasão da Ucrânia, no entanto, traz de volta o risco de um mundo bipolar e muda a economia global. As sanções à Rússia elevam a inflação em todo o mundo, mas favorecem as exportações brasileiras. Com isso, entram mais dólares no país, cuja cotação cai, fazendo baixar os preços de importados, e a inflação.

China, Índia, Brasil, Rússia e Indonésia são países emergentes com grandes mercados. Mas, em tempos de guerra, negociar com qualquer deles é risco, em especial com Rússia e China. Assim, o Brasil passa a ser a “menina dos olhos” de investidores de todo o mundo. Os juros nos EUA estão em 2,5% enquanto que, no Brasil, estão em 12,75% (Selic). Isso torna o país atrativo para investimentos e mais dólares vêm para cá. Os importados ficam mais baratos e provocam queda da inflação e dos juros. O crédito aumenta, favorecendo, de novo, a venda de imóveis.

Nosso país é o segundo maior exportador de alimentos do mundo. China e índia, que representam 45% do crescimento mundial, precisarão de alimentos e terão de comprá-los do Brasil, que ainda dispõe de muita área livre para produção. As atenções se voltarão para o interior, onde está o agronegócio, e crescerá a venda de imóveis. O conselho final é: não foque no cliente; foque no que ele foca, no que ele anseia! E lembre-se: gente gosta de se relacionar com gente, não com robôs. O Corretor de Imóveis é a chave para o sucesso!

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