Loteadoras são parcerias estratégicas para o poder público no aquecimento do mercado imobiliário

Por Flávio Guerra*

 

Na última década, testemunhamos o aumento populacional no Brasil e, ao mesmo tempo, uma mudança do paradigma habitacional, especialmente após a pandemia de Covid-19, que impulsionou o êxodo das capitais. Agora, criar cidades que sejam autossustentáveis é o grande desafio das prefeituras do interior do país. Nesse contexto, o mercado de loteamentos se mostra um parceiro estratégico para o poder público no aquecimento do mercado imobiliário, desempenhando um papel crucial na oferta de infraestrutura, no crescimento do comércio local e na geração de emprego e renda.

Ao chegar a um município, as loteadoras são responsáveis por inserir ali toda a infraestrutura necessária para seus empreendimentos. Dessa forma, elas acabam beneficiando as comunidades locais ao investir em melhorias nas estradas, redes de água, esgoto e energia elétrica. Uma melhor infraestrutura somada à perspectiva de novos moradores, logo, consumidores, promove otimismo no comércio local.

Vejo lojistas, proprietários de bares, restaurantes e outros pontos comerciais investirem mais em seus negócios e até abrirem novos negócios. Tudo atraído pela infraestrutura possibilitada pelas loteadoras. O desenvolvimento do comércio, por sua vez, influencia diretamente na geração de emprego e renda para a comunidade local.

Contribuindo para o desenvolvimento urbano e para uma expansão mais ordenada das cidades, as loteadoras não apenas lançam novos imóveis, atraindo compradores, mas contribuem para a valorização imobiliária de toda região. Para esse efeito, as loteadoras devem respeitar a cultura local e se integrar às comunidades no planejamento de qualquer empreendimento.

Negociar com o poder público significa negociar com representantes de toda uma população, que tem modos de viver, costumes e valores que devem ser considerados. Sem isso, ao invés de funcionar como um impulso ao progresso, um novo empreendimento pode se tornar um problema a ser rechaçado pela cidade.

As loteadoras são capazes de oferecer contrapartidas muito significativas para as cidades onde atuam. A Construir Loteamentos, por exemplo, já entregou a pavimentação de mais de 70 mil m² em um só município que estava sem recursos para isso. A cada novo loteamento, a empresa constrói praças e edificações necessárias à comunidade, seja uma escola, um posto de saúde ou qualquer outra instituição pública. Além disso, promove a ocupação de trabalhadores locais, empregando os próprios moradores nas obras de construção.

Pelo bom relacionamento com o poder público e entregas de excelência, tanto dentro dos loteamentos quanto fora deles, a Construir Loteamentos se tornou referência nesse setor, atualmente trabalhando na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), no sul de Minas, no Triângulo Mineiro, na Zona da Mata, no interior de São Paulo e no sul da Bahia.

Digo e repito: o loteamento é o embrião do mercado imobiliário. Porque ele exige uma preocupação maior em termos ambientais, urbanísticos e sociais. Essa é uma visão de mercado mais recente, marcada pelo entendimento das consequências da urbanização desordenada e das mudanças climáticas. Hoje sabemos que é imprescindível que os empreendimentos sejam mais sustentáveis para que as cidades ofereçam qualidade de vida para nós e para as próximas gerações.

Nesse sentido, na parceria público-privada (PPP), é essencial que os recursos e a expertise de ambas as partes se complementem para criar uma sociedade mais próspera. Ao unir forças, loteadoras e poder público não só constroem casas aumentando a oferta de moradia, mas moldam o futuro das cidades com missão e responsabilidade compartilhadas.

 

 

*Flávio Guerra é especialista em Gestão de Negócios Imobiliários pela Fundação Dom Cabral, presidente da Aelo-MG e CEO da Construir Loteamentos.

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