O mercado de imóveis de luxo ainda tem espaço?

São inúmeros lançamentos, desde imóveis para moradia, imóveis em outra cidade como apoio, casa na praia, no interior, imóvel de temporadas, multipropriedades e etc.

Ainda tem espaço para o mercado crescer?

A resposta é sim.

Se, no início de tudo, o imóvel era abrigo contra ameaças externas, hoje é uma extensão de quem nós somos.

Para além de abrigar e proteger, esses espaços construídos tem funções, tem significados, provém momentos e estilos de vida.

Temos que considerar que a mudança principal não se aplica somente a um acabamento ou uma persiana automatizada.

O desejo por ter um apartamento automatizado é o desejo por economizar tempo.

O desejo de ter um escritório em casa é o desejo de querer prosperar mas sem deixar a família de lado.

Os vários fragmentos de uma moradia influencia quem somos, pode iniciar ou finalizar um hábito, um relacionamento, prosperidade e assim por diante.

Vendo do aspecto que a vida é cíclica, o mercado de luxo tem muito ainda para explorar, tanto no sentido estético quanto no design.

Lembrando que design não é o mesmo que estética, a definição do termo é “forma segue função”, ou seja, a disposição da torre no terreno precisa ser funcional, as áreas comuns generalistas devem dar espaço para áreas personalizadas para um determinado público, a iluminação do imóvel precisa ser direcionada e funcionar para determinados objetivos e assim por diante.

Hoje já falamos de edifícios voltados para o público sênior que precisa de adaptação e cuidados especiais.

Materiais que assegurem o conforto é o mínimo que esse público espera, casas inteligentes são um plus, mas o que os fazem comprar é: Isso me faz ser melhor todos os dias.

Para que esse sentimento venha a mente do cliente de luxo é necessário se adaptar no nível mais profundo e personalizado possível.

Por isso vejo que há muito espaço para crescer, pois esse público não compra por que precisa mas sim por que deseja.

Para criar desejo é preciso personalizar.

Com as tecnologias e pesquisas atuais será possível expandir as narrativas funcionais do ambiente construído, sendo possível oferecer para além da arquitetura, uma experiência.

E experiências são infinitas.