Quando fundei o movimento Mulheres do Imobiliário, há um ano, o propósito era mostrar o quanto o papel da mulher é relevante e, muitas vezes, decisivo para o mercado imobiliário.
Enquanto atuava como desenvolvedora de negócios imobiliários dentro de grandes incorporadoras, no cotidiano do escritório, essa necessidade não parecia ser tão evidente. Isso acontece porque, quando estamos “dentro da situação”, fica muito mais difícil de a percebermos.
Olhando de fora, essa lacuna fica clara.
E esse “lá fora”, para mim, veio com o empreendedorismo.
Quando fundei minha primeira empresa, comecei a encontrar algumas barreiras e vieses inconscientes que nós, que trabalhamos nesse setor, possuímos.
Isso mesmo: nós. Eu me incluo nessa revelação, pois só fui entender o quanto não fazia absolutamente nada para mudar, quando fui estudar sobre liderança.
Durante os processos de certificações pelos quais passei, comecei a entender da real necessidade da representatividade. Do quanto uma visão plural agrega para o negócio e para a sociedade. E quanto precisamos reforçar e falar sobre o óbvio.
Não, nosso mercado não é diverso. Muito menos inclusivo. É um mercado majoritariamente branco, masculino e elitizado.
Contudo, quando olhamos para o déficit habitacional do país em cerca de 7 milhões de moradias, fica nítido que, para construir para essa população, precisamos entender por quem elas são pensadas e construídas.
Nosso Brasil é formado por 51,8% de mulheres (IBGE) e, segundo uma pesquisa encomendada pelo Mulheres do Imobiliário à startup especializada em comportamento de consumo behup, observou-se que há sim uma questão de gênero na busca e compra do imóvel.
A empresa de consultoria internacional Accenture mostra em suas pesquisa que ambientes com mais equidade são até 6 vezes mais inovadores e que, para promoção da criatividade, é fundamental a diversidade de gênero.
Inovação e criatividade são fatores fundamentais para um mundo pós-pandemia.
Criatividade, inovação, conhecimento, decisão de compra e influência. Esses fatores, somados, mostram como esse tema vai muito além do “mi-mi-mi”, como alguns gostam de julgar.
Na semana que celebramos um ano desse grande movimento, somos mais de 550 mulheres, atuando em diversas fases do setor imobiliário, reconhecendo o espaço que conquistamos até aqui, reforçando nosso papel é importância no setor, nos unindo em uma rede recíproca para propagar, apoiar e capacitar.
Somos o primeiro grupo do setor imobiliário preocupado com a equidade de gênero em toda a cadeia produtiva.
Programação 30/07
Conexão Mulheres do Imobiliário – 1 ano
9h – Apresentação Pesquisa exclusiva Behup e Mulheres do Imobiliário: ‘A BUSCA PELO IMÓVEL: UMA QUESTÃO DE GÊNERO?’
Carolina Dantas – CPO Behup e Elisa Tawil – founder Mulheres do Imobiliário
09h40 – Painel de debate: ‘A busca pelo Imóvel’:
Ernani Braga Assis – Vice Presidente de RI & Novos Negócios GrupoZap
Marcelo Dadian – Diretor de Imóveis OLX
Leonardo Sesti Paz – CEO ImovelWeb
Mediação: founders Mulheres do Imobiliário
14h – Painel Mulheres de Vendas e Marketing:
Gil Vasconcelos – Diretora de Incorporação Kallas
Maria Fernanda Beneli Vicente – Head Marketing Grupo A. Yoshii
Tiana Brusque – Diretora Comercial Melnick Even
Marina Dourado – Head de Vendas na Housi
Mediação: founders Mulheres do Imobiliário
17h – Painel Tendências:
Kariny Martins – Sócia e gerente de contas Cupola
Gustavo Zanotto – CEO Beemob e CoFounder Café Imobiliário
Tizi Weber – CoPartner Brain Inteligência Corporativa
Apoio: Agência Cupola e Imobi Report, Lumini IT Solutions