Por Flavia Pinheiros
O mercado imobiliário acaba de atravessar semanas que trouxeram sinais claros de mudança. Para quem compra, vende, investe ou administra imóveis, não foi apenas mais um conjunto de relatórios — foram alertas de transformação estrutural que vão se arrastar até o fim do ano e além.
Se você ainda estava esperando “o momento certo” para decidir, vale encarar o que já ficou evidente. O último trimestre de 2025 não será como os anteriores.
O alerta mais sério veio do presidente da Caixa Econômica Federal: sem revisão na forma de captar e usar recursos, o FGTS não se sustenta. Não é manchete sensacionalista. É a voz do gestor do principal motor do crédito habitacional no país.
O impacto imediato:
E aqui cabe um olhar além da planilha: se o FGTS perde força, não é só o crédito que fica em risco — é a chance de milhares de famílias escreverem o capítulo da casa própria em sua história.
Segundo dados da CBIC e do índice Fipe/ZAP+, o valor médio do metro quadrado em capitais alcançou R$ 9.477 em setembro, acima da inflação.
À primeira vista, parece bom: patrimônio se valorizando. Mas há duas leituras possíveis:
Implicações práticas:
E por trás desses números, fica a pergunta essencial: o imóvel comprado hoje será apenas uma aposta de curto prazo ou parte de um legado? Mais que ganho financeiro, é sobre estabilidade, memórias e a forma como cada patrimônio vai sustentar histórias familiares nos próximos anos.
Setembro fechou com alta de 0,42% no IGP-M, segundo a FGV.
Mais do que índice econômico, essa mudança revela uma transição cultural: contratos de aluguel deixarão de ser apenas papéis de gaveta e passarão a ser espelhos de confiança. Em tempos de maior rastreabilidade, cada ajuste ou renegociação vai pesar não só no caixa, mas também na reputação de quem aluga e de quem administra.
Outubro a dezembro costumam ser meses de negócios aquecidos — 13º salário, pressa de fechar antes do ano virar. Mas 2025 tem variáveis diferentes:
Podem acelerar: urgência no uso do FGTS, proximidade do CIB, oferta restrita e sazonalidade.
Podem frear: crédito em xeque, preços altos, juros ainda desafiadores e receio de comprar no topo do ciclo.
Não estamos em crise, tampouco em boom. O mercado está mudando de base. O FGTS não é mais garantia infinita. A informalidade está com os dias contados. A previsibilidade, também. Quem enxergar o imóvel apenas como número corre o risco de perder. Quem enxergar como parte de um patrimônio em movimento — que também preserva vínculos e identidade — atravessa 2026 mais forte.
1) Seu patrimônio está pronto para a transparência fiscal que vem aí?
2) Suas decisões se apoiam em fundamentos ou em euforia/medo?
3) Você sabe de fato como seus imóveis se conectam à história da sua família ou está agindo só por impulso?
O relógio já está correndo
Os sinais foram dados. Outubro a dezembro são meses de decisão. Use esse tempo para organizar, refletir e agir com consciência. Porque 2026 não vai espera e quem se prepara agora, agradece depois.
Quem vê resultados, nem sempre conhece a história.
Sou Flávia Pinheiros Costa, formada em Direito há 23 anos. Pós-graduada em Direito Imobiliário, Sistêmico, Contratual, Canônico e de Família. Atualmente, curso Inteligência Artificial para Advogados e sou mestranda em Mediação de Conflitos.
Mas o que realmente me move são pessoas.
Escutar histórias.
Ajudar a construir acordos.
Trazer clareza onde antes havia conflito.
E fazer do Direito uma ponte — não um muro.
Minha trajetória é marcada pela escuta ativa, pela conexão humana e pela busca constante por soluções que respeitem a lei e as relações.
Atuo como:
E, acima de tudo, sou alguém que acredita que ética, escuta e evolução diária são inegociáveis.
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Referências e fontes consultadas