Nordeste e Belém (PA) disparam em atratividade imobiliária no 3º tri, aponta IDI Brasil

Nova rodada do índice destaca atratividade de Belém às vésperas da COP30 e estreia de João Pessoa (PB) e Ilhéus (BA) Fortaleza (CE) assume liderança histórica de Curitiba (PR) no ranking econômico

 

A nova rodada do Índice de Demanda Imobiliária (IDI) Brasil mostrou a força do mercado imobiliário nas capitais da região Nordeste. Recife (PE), Fortaleza (CE), Natal (RN), Salvador (BA) se destacaram com saltos expressivos nos rankings de atratividade, enquanto João Pessoa (PB) fez sua estreia no ranking. O último trimestre também marcou avanço de Belém (PA), que teve avanço expressivo em todos os padrões analisados poucos meses antes da COP30.

Agora com uma amostragem de 79 cidades brasileiras com maior atratividade em imóveis residenciais verticais, o estudo é uma iniciativa do Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Os dados podem ser acessados pelo site.

 

Evolução do IDI Brasil no 3.º trimestre de 2025

O Índice de Demanda Imobiliária (IDI Brasil) registrou importantes movimentações no terceiro trimestre de 2025, refletindo o dinamismo e os desafios enfrentados por municípios de diferentes portes e perfis socioeconômicos.

Entre os destaques do trimestre, Belém (PA) chamou atenção pelo avanço consistente em todos os padrões de demanda, especialmente no médio, em que saltou da 35ª posição no primeiro trimestre para a 12ª no terceiro de 2025. A capital, que será sede da COP30, vem recebendo investimentos públicos e incentivos. Segundo José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC, a melhoria da estrutura foi relevante para aumento de demanda. “Belém tem atraído companhias internacionais e ampliado o mercado como um todo, que se apresenta em maior demanda por moradias. Não vejo essa relevância se encerrando com a COP, a capital deve continuar atrativa para o mercado imobiliário mesmo após o evento”, destaca.

No Nordeste, o destaque ficou para Fortaleza (CE), que já registrava forte demanda no padrão econômico e agora assume a liderança nacional, superando Curitiba (PR), que historicamente ocupava o primeiro lugar. A análise segmentada por faixa de renda permite identificar onde estão os maiores avanços e as maiores retrações em termos de desenvolvimento inteligente.

 

Padrão econômico | Renda familiar R$ 2 mil a R$ 12 mil 

O mercado imobiliário voltado ao público de renda familiar entre R$ 2 mil e R$ 12 mil apresentou mudanças importantes. Fortaleza (CE) assumiu a liderança do segmento de Curitiba (PR), antes líder invicta no ranking econômico desde que o índice foi estruturado. O avanço de Fortaleza reflete a melhora nos indicadores de dinâmica econômica e a redução nas ofertas de terceiros, sinalizando uma diminuição do estoque disponível no mercado secundário, um movimento que pode indicar maior liquidez e ritmo acelerado de vendas.

Essa mudança no topo do ranking reflete o protagonismo das capitais do Nordeste no padrão econômico, visto que metade do Top 10 é composto por cidades da região. São Luís (MA) subiu seis posições e alcançou o 14º lugar, Salvador (BA) teve o mesmo bom desempenho e agora aparece em 6º, enquanto Recife (PE) manteve o ritmo positivo com alta de três posições, ocupando a 5ª colocação. As movimentações são sustentadas por indicadores consistentes de demanda direta e atratividade de novos lançamentos, que reforçam o vigor do mercado imobiliário na região.

Ainda no padrão econômico, se destaca Campo Grande (MS) do Centro-Oeste, que teve o maior destaque entre as capitais em termos de evolução. Com ganho de 11 posições e chegada à 15ª colocação, a cidade se beneficiou do aumento na atratividade de lançamentos, tanto de empreendimentos novos quanto de projetos retomados.

As 5 primeiras colocadas do ranking econômico são:

1) Fortaleza (CE)

2) São Paulo (SP

3) Curitiba (PR)

4) Goiânia (GO

5) Recife (PE)

 

Médio padrão | Renda familiar de R$ 12 mil a R$ 24 mil

No perfil médio, São Paulo (SP), Goiânia (GO) e Brasília (DF) ocupam as três primeiras posições do ranking, sustentadas por uma ampla base de demanda e pela consistência da atividade econômica local. Na 4ª colocação ficou Salvador (BA), que subiu oito posições, impulsionada por crescimento simultâneo em praticamente todos os indicadores que compõem o índice, com destaque para demanda direta e atratividade de lançamentos. O resultado reforça o bom momento da capital, presente no Top 10 de todos os segmentos, no cenário nacional.

Belém (PA) também ganha tração e se firma como um dos principais polos imobiliários fora do eixo Sul-Sudeste. A capital paraense avançou seis posições, chegando à 12ª colocação, resultado de um aumento significativo na dinâmica econômica e na atratividade de lançamentos. Fabrizio Gonçalves, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Pará (Sinduscon-PA), explica: “após a pandemia, o mercado em Belém passou por um período de retração. Agora, em 2025, vivemos uma retomada: muitos empreendimentos estão sendo entregues e vários outros estão em fase inicial. Tenho visitado obras ainda na fundação com mais de 90% das unidades vendidas. É um excelente momento para o mercado imobiliário de Belém, que deve se manter aquecido no próximo ano, mesmo após a COP.”

O ranking de médio padrão apresenta uma distribuição equilibrada entre regiões, com presença de três cidades do Sudeste, três do Sul, duas do Centro-Oeste e duas do Nordeste. Essa composição evidencia a competitividade do segmento em todo o país, refletindo um mercado mais diversificado e com oportunidades relevantes em diferentes contextos regionais.

As 5 primeiras colocadas no ranking médio padrão são:

1) São Paulo (SP)

2) Goiânia (GO)

3) Brasília (DF)

4) Salvador (BA)

5) Curitiba (PR)

 

Alto padrão | renda familiar superior a R$ 24 mil

O segmento de alto padrão manteve o topo consolidado, com destaque crescente para o Nordeste. São Paulo (SP) e Goiânia (GO) seguem firmes na liderança desde o início do ano, sustentadas por mercados maduros e demanda consistente de produtos de maior valor agregado. Já Recife (PE) e Fortaleza (CE) passaram a figurar entre as primeiras posições, refletindo o equilíbrio entre demanda direta e atratividade de novos estoques, além de uma dinâmica econômica estável em capitais com renda média mais elevada. O resultado reforça o avanço de praças nordestinas no mercado premium e o amadurecimento do consumo imobiliário regional.

Natal (RN), por exemplo, apresentou um salto expressivo, subindo da 60ª para a 24ª posição no ranking de alto padrão. O movimento foi impulsionado principalmente pelo aumento nos indicadores de atratividade de lançamentos, tanto em novos empreendimentos quanto no estoque disponível, demonstrando o fortalecimento do interesse de consumidores de alta renda e investidores na capital potiguar.

O top 10 do segmento de alto padrão mostra uma distribuição regional equilibrada, reunindo três capitais do Nordeste, três do Sul, duas do Centro-Oeste e duas do Sudeste. Essa configuração mostra uma liderança pulverizada e um cenário de competitividade nacional, em que o desempenho não se concentra apenas em grandes metrópoles, mas também se espalha por mercados regionais sólidos e em expansão.

As 5 primeiras colocadas do ranking alto padrão, são:

1) São Paulo (SP)

2) Goiânia (GO)

3) Recife (RE)

4) Fortaleza (CE)

5) Brasília (DF)

De acordo com Gabriela Torres, Gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge, a quinta edição do IDI Brasil reforça o dinamismo do mercado imobiliário nacional. “As movimentações observadas no terceiro trimestre de 2025 são bastante expressivas. Com um ano de divulgação do índice, fica evidente como o acompanhamento trimestral é fundamental para compreender as mudanças de comportamento da população e suas relações com a demanda por habitação.”

O IDI Brasil reúne dados reais de transações imobiliárias para mostrar, de forma clara, o desempenho do mercado em cada cidade. Na plataforma gratuita é possível consultar o desempenho de todas as 79 cidades analisadas e conferir a metodologia usada.

 

Sobre o Sienge

O Sienge, Ecossistema de Tecnologia e Negócios da Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário, é líder em soluções especialistas para o setor. Está no mercado há mais de três décadas, sempre em evolução contínua. Oferece a maior cobertura de gestão da cadeia da incorporação no Brasil. Suas soluções de tecnologia e negócios permitem uma integração de ponta a ponta, do pré-obra ao pós-venda, e apoiam mais de 9 mil clientes, de todos os estados do Brasil, conectando mais de 1,2 milhão de profissionais do setor através de suas soluções, comunidades e blogs especializados. As soluções fazem parte do portfólio da Starian, grupo brasileiro focado no mercado privado, especialista também nos setores de inteligência legal e eficiência operacional.

 

Sobre o CV CRM

O CV CRM é a solução especialista em marketing e vendas do mercado imobiliário, pioneira em proporcionar uma jornada completa do cliente. Promove uma experiência humanizada e personalizada através da tecnologia e impulsiona a desburocratização da compra de imóveis no Brasil. Atende mais de 1.000 clientes, mais de 30 mil imobiliárias e 230 mil corretores em todas as regiões brasileiras. É uma das soluções de tecnologia do Sienge, o Ecossistema da Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário, que conecta a cadeia da incorporação de ponta a ponta.

 

Sobre o Grupo Prospecta

O Grupo Prospecta é referência nacional em Inteligência de Mercado no setor imobiliário, liderado por Cristiano Rabelo, especialista em planos econômico-financeiros. Com tecnologias de ponta e metodologias exclusivas, transforma dados complexos em decisões estratégicas, oferecendo análises completas sobre dinâmica econômica, demanda e oferta. Seu propósito é tornar o intangível tangível, garantindo clara e segurança aos clientes no mercado imobiliário.

 

Sobre a CBIC

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção é porta-voz e representante nacional da indústria da construção. Com 67 anos de atuação, ela integra o ecossistema do setor no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país. A CBIC reúne 98 sindicatos e associações patronais do setor da construção, nos 26 estados e Distrito Federal, representando 170 mil empresas e cerca de três milhões e trabalhadores com carteira assinada.

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