Documentação imobiliária e a inteligência artificial. Posso confiar?

Primeiro é importante que você entenda que nenhuma inteligência artificial será capaz de substituir excelentes profissionais, muito menos será capaz de ser superior a inteligência humana.

Tenho ouvido diariamente advogados e corretores de imóveis falando sobre o ChatGPT. Uns falando bem, e outros preocupados com a “substituição” e desvalorização dos profissionais do setor imobiliário em razão do software produzir modelos de contratos de locação, por exemplo.

Eu concordo com aqueles que acreditam ser uma boa ferramenta, afinal é possível solucionar questões, redigir cláusulas contratuais e até escrever anúncios de vendas de imóveis pautados em marketing.

Porém, a inteligência artificial não passa de um robô, e é por isso que você deve ter cuidado.

Recentemente fiz vários testes, para poder escrever e opinar sobre o tema com prosperidade.

A minha conclusão foi a seguinte, para cláusulas genéricas, qualificação e, principalmente, legenda de anúncios, a plataforma funciona muito bem.

Agora, para questões mais complexas, como as garantias locatícias, ele não funciona. E muito pelo contrário, fiz um teste para ele redigir uma cláusula de garantia por fiador, e o ChatGPT me deu uma cláusula misturando caução, seguro fiança e fiador pessoa física.

Usar uma cláusula como a sugerida, traria inúmeros problemas, inclusive poderia ser considerada uma convenção penal, em razão da dupla garantia em um contrato de locação.

Por isso, CUIDADO!

Use a inteligência artificial a seu favor, mas não esqueça que seu cérebro, sua lógica, suas estratégias e seu contato humano com o cliente sempre vão ser superior a qualquer robô.

E quanto aos contratos e documentos imobiliários, esqueça os modelos do Google e do ChatGPT.

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